Reportagem
O presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Leo Bortolin (MDB), classificou a Moratória da Soja como uma estagnação e disse que o acordo comercial entre as empresas exportadoras, impede a expansão econômica dos municípios de Mato Grosso. As prefeituras afirmam que o pacto empresarial impede a circulação bilhões de reais e aprofunda as desigualdades regionais no Estado.
"A Moratória significa para nós uma estagnação, uma recessão econômica. Nós acreditamos que chega a cerca de 30% a menos o faturamento do que poderia ser se essa soja pudesse ser originada e devidamente exportada", disse Bortolin durante o seminário "O Impacto das Moratórias da Soja e da Carne”
Leo Bortolin ainda critica o discurso de que esse acordo comercial teria como meta a proteção ambiental. Ele lembra que a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), entidades criadoras da Moratória, autorizam, por exemplo, a plantação de milho nas áreas desmatadas após 2008.
"De pauta ambiental não se tem nada. A Abiove e a Anec, que são signatárias desse tratado que está se sobrepondo à legislação brasileira, defendem que nessas áreas podem ser plantadas outras culturas, como o milho. Por que não soja? O que a gente vê que é uma estratégia para domínio no mercado da soja exportada".