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Política Quinta-feira, 01 de Setembro de 2016, 00:00 - A | A

01 de Setembro de 2016, 00h:00 - A | A

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Silval nega ser o chefe



Nesta quarta-feira (31) as audiências de instrução e julgamento da 2ª ação penal decorrente da Operação Sodoma continuam. São 17 réus no processo e até o momento 7 já foram ouvidos. Dois serão interrogados por carta precatória porque moram em outros estados -o procurador aposentado Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, o Chico Lima, no Rio de Janeiro, e o empresário Fábio Druomond Formiga, em Minas Gerais.

O primeiro a ser ouvido pela juíza Selma Rosane Santos Arruda é o ex-secretário de Estado de Fazenda Marcel de Cursi. Prevê-se oitivas com 8 réus, incluindo Silval Barbosa. O depoimento do ex-governador é aguardado com expectativa, em vista de vários réus e delatores terem confessado o esquema, e afirmado que a organização era chefiada por Silval.

Ao final da oitiva, o advogado de Marcel de Cursi, afirma que desde o início ficou confusa a acusação. "Inicialmente foi usado o argumento de envolvimento em organização criminosa. Mas, a juíza agora disse que não é mais por essa razão. Que é por lavagem de dinheiro por aquisição do terreno do César Zílio. Não deu para entender nada. Por isso que o Marcel começeou o discurso perguntando 'do que sou acusado?'", diz.

A defesa ainda esclarece a participação de João Batista Rosa no depoimento de Marcel. "O que ele quis dizer é que o João Rosa foi evidentemente flagrado devendo para o Estado e utilizou isso como negociação para fazer a acusação dele, e envolvê-lo numa suposta organização criminosa".

Acompanhe os principais momentos


18h15 - Termina o interrogatório de Karla Cecília. Agora os advogados e a magistrada debatem detalhes do processo como prazos e os próximos passos. 

18h05 - A promotora de Justiça, Ana Bardusco quer saber se Karla ao lavar dinheiro para a organização criminosa, se ela recebia para isso. Ela esclarece que pagou muitas contas de Pedro Nadaf e em algumas situações acabava debitando direto na conta dela. “Eu não fazia isso e nem sabia que existia uma organização criminosa”, reafirma Karla sobre a lavagem de dinheiro.

17h58 - Relatório da Defaz está incorreto. Karla Cecília contesta um relatório elaborado pela Delegacia Fazendária sobre o patrimônio dela que seria icompatível com a renda que possuia. Ela argumenta que tinha outras rendas. Afirma que 80% do patrimônio apresentado no relatório, de fato, é dela, proveniente de outras fontes de renda lícitas que ela possuía. 

17h48 - Nadaf colocou o filho como sócio de empresa no lugar de Karla. Ela revela que nem queria fazer parte depois que começou a descobrir sobre as irregularidades que Pedro Nadaf estava envolvido. Nisso, segundo Karla, Nadaf então colocou o filho dele que tinha acabado de completar 18 anos, como sócio da empresa que antes tinha o nome de Karla como sócia. Sobre o dinheiro que Nadaf recebia e passava pelas contas de Karla ela explica que sempre foi responsável por contas pessoais do ex-secretário e familiares dele. "Eu debitava na minha conta e depois ele me devolvia isso. Ele era uma pessoa muito ocupada. E eu não tinha como ligar pra ele toda hora senão ele ficava bravo comigo. Ele ficava muito no palácio e mandava eu resolver. Todo mundo me pedia, comprava coisas pra ele, para a esposa dele, para os filhos. E eu acabei fazendo isso". Ela garante que o objetivo não era para desviar dinheiro, mas que ao final acabou descobrindo que foi isso que aconteceu.

Karla confirma que um apartamento de Nadaf foi colocado no nome dela. "Cada vez que eu pedia ele ficava bravo. Garantiu que em 2015 já ia retirar. Dizia que ficaria em nome de familares dele. Dizia que era por questões pessoais que ele não colocava no nome dele. Eu tinha medo de perder o meu emprego, euu tinha um emprego bom, um salário muito bom", revela. "Ele me remunerava com dinheiro dele". Ela diz que passou a descofiar que o dinheiro que recebia de Nadaf era de origem ilícita, de propina. "Mas eu não sabia o que era, de onde que era", argumenta. 

17h35 - Começa o depoimento da ré Karla Cecília de Oliveira Cintra. Ela diz que as acusações são muitas, mas ela não se vê parte de uma organização criminosa porque ela nem sabia da existência de tal organização. Ela diz que tinha apenas um relacionamento profissional enquanto secretária pessoal de Pedro Nadaf. Ela confirma que emitiu notas fiscais da empresa NBC Assessoria e Planejamento, mas a pedido de Nadaf, o dono da emrpresa. Ela lembra que cada nota fiscal tinha o valor de R$ 33 mil. "Minha função era só emitir as notas e outras secretárias também podiam executar a função", afirma ela. As notas foram emitidas para o Grupo Tractor Parts, do empresário João Batista Rosa, delator na Operação Sodoma. Ele disse que pagou R$ 2,6 milhões em propina ao grupo criminoso chefiado por Silval Barbosa para manutenção dos benefícios fiscais que as empresas dele estavam usufruindo. 

O Ministério Público diz que Karla colaborou para o crime de concussão praticado contra o empresário Willians Paulo Mischur que era obrigado a pagar propinas para a organização criminosa. Ela sustenta qu enão conhece o empresário. O MPE diz ainda que ela concorreu para a prática do crime de concussão contra Fábio Drumond Formiga da empresa Zetra Soft que também trabalhava com consignações no Estado. Karla também nega ter participado de qualquer tentativa de fraude a licitação para beneficiar a Zetra Soft. Diz também não ter envolvimento em qualquer atividade ilegal contra a empresa Web Tech de Júlio Minori. 

 

17h - Silval agora decide pedir desculpas à magistrada. De forma alguma eu quis magoar ou ofender alguém", diz ele. Termina o interrogatório do ex-governador. 

16h58 - Defesa pede liberdade de ex-governador. O advogado Valber Melo, ao final oficializa, por escrito o pedido de liberdade de Silval Barbosa. Pede que a magistrada aprecie o mérito e cita que os motivos da prisão ainda válidos é a suposta existência de uma organização criminosa. Pede que a preventiva seja substituída por prisão domiciliar, que se necessário, determine fiança e medidas cautelares para que o ex-governador possa continuar a responder ao processo em liberdade. A magistrada vai se manifestar em outro momento depois que o Ministério Público emitir parecer. 

16h52- Silval apela por liberdade e ofende juíza insinuando que ela solta só os réus que confessam crimes. Doutora, quero fazer um apelo para a senhora. tenho dificuldades, queria ter oportunidade, todos vêm aqui confessam e colocam meu nome e têm a possibilidade de estar em liberdade. A imprensa tem colocado claramente isso ai que os delatores vêm aqui confessam e ficam livres. Quero pedir e dizer que estou aqui pra contribuir com a Justiça sobre tudo que está parecendo errado, ou foi feito, ou dívida de campanha, ou dívidas que ficaram e estamos pagando. Quero esclarecer isso pra Justiça. Mas queria que a senhora avaliasse a minha liberdade. Nem que a senhora me desse prisão domiciliar. São muitos processos, muito complexos e estou preso há um ano e é muito difícil pra me defender. Quero que a senhora considere isso e queria que a senhora avaliasse. A gente está comentários que tem alguns réus que vêm aqui, confessam e ganham liberdade. 

                    

                    

Juíza exige respeito de Silval e ordena que não seja medida pela régua dos outros. "O senhor meça as pessoas com uma regua que não seja a sua. O senhor fica quieto agora, o senhor está sendo investigado e processado o senhor não tem obrigação nenhuma de colaborar. O senhor tem bons advogados que sabem como fazer isso. Não vou admitir mais que o senhor faça isso, acuse um juízo de negociar com réus a liberdade". Ele contrapõe e tenta se explicar dizendo que não a acusou de nada. Por fim, Selma Rosane afirma que não vai discutir com Silval sobre isso porque ele tem excelentes advogados. Depois, o ex-governador diz que a vida dele está dura e pede desculpas se magoou a juíza. Ela diz que juiz não se magoa, mas isso ofende o poder judiciário.

16h45 - O depoimento entra na reta final e Silval pede para fazer algumas considerações. A juíza Selma Rosane orienta que seja breve. Ele volta a relatar trechos de depoimentos do ex-secretário Pedro Nadaf sobre dívidas de campanha que Silval era pressionado a pagar e por isso teria pensado no esquema de cobrar propina. Diz que ele como governador jamais iria se sujeitar a intimidações, ele garante que iria acionar as autoridades, acionar a Polícia Militar. "É um reinterrogatório marcado por mentiras", sustenta Silval. Em seguida, é contestado pela magistrada para que se atenha aos fatos da ação penal das 2ª e 3ª fases da Sodoma. "Quero deixar registrado que ele mentiu", volta a afirmar o ex-governador. 

Barbosa também contesta as investigações do Cira, aponta supostas ilegalidades e alega que foram usadas como "marketing". Diz que o atual governador Pedro Taques (PSDB) era o presidente do Cira e foi comemorar na imprensa a prisão de políticos. "O delegado disse aqui que o Cira, ele compõe a estrutra, mas politicamente é para marketing. Eu me preocupo com isso".

16h36 - Ex-governador não acrdita que o coronel José Cordeiro tenha ameaçado delator. Silval Barbosa também comenta sobre as acusações imputadas ao coronel aposentado da Polícia Militar, José Jesus Nunes Cordeiro que era secretário-adjunto na SAD, responsável pelas licitações da Pasta. Ele diz que é muito estranho que uma pessoa seja ameaçada e não procure a Polícia para registar um boletim de ocorrência. “Eu não tive contato nenhuma com o coronel Cordeiro no meu governo. A relação era institucional com o secretário da pasta. Acho um absurdo isso daí”, diz ele ao comentar duvidar das supostas ameaças que teriam sido proferidas por Cordeiro ao empresário Willians Mischur, delator no esquema, para tomar cuidado pois um caminhão poderia atropelar os filhos dele.

16h30 - Silval volta a negar que tivesse conhecimento sobre o pagamento de propina pela empresa Consignum. Também afirma não saber sobre a tentativa de burlar uma licitação para que a Zetra Soft, do empresário Fábio Drumond Formiga, de Minas Gerais, fosse a vencedora. Ele responde aos questionamentos de seu advogado Ulisses Rabaneda. Sobre a compra do terreno de R$ 13 milhões na Avenida Beira Rio que Zílio comprou usando dinheiro de propina Silval alega que só tomou conhecimento pela imprensa e depois da denúncia formulada pelo Ministério Público contra ele outros 16 réus. 

16h15 - César Zílio não tem escrúpulo.  "O César não tem escrúpulo nenhum, em memoria do pai dele assinar um contrato sabendo que o pai dele estava morto. Ele tem coragem de tudo, de falar que o Silval estava pegando dinheiro e envolvendo a esposa dele que não vi aparecer em lugar nenhum. Ele parece que envolveu ela. Este É um processo marcado por equívocos. O César participou sozinho dessa compra do terreno e envolveu a família dele. Ele pegou dinheiro da consignum pra comprar casa, terreno imóvel. Os contratos todos fraudulentos e com a participação efetiva do seo Wilians. Ele ( Willians Mischur vem aqui e diz que fez os negócios enquanto César estava na secretaria. Ele continuou com esse contrato até 2015 e 2016 enquanto tentavam burlar os roubos que eles fizeram no meu governo”, enfatiza Silval respondendo perguntas dos advogados de Silvio Corrêa. 

16h -Ex-governador alivia barra do ex-chefe de gabinete. Silval Barbosa também defende seu ex-chefe de gabinete, Silvio Cézar Corrêa Araújo. Garante que não procede a denúncia de que ele era o fiscal da propina e tinha plenos poderes dentro da organização criminosa. "Ele desenvolvia a função de chefe de gabinete dentro da estrutura de governo". Quem faz as perguntas é o advogado Victor Azevedo Borges, um dos defensores de Silvio Corrêa. O ex-governador também diz que nunca viu seu ex-aliado fazer qualquer ameaça contra os demais réus no processo e nem contra empresários e delatores do esquema investigado na Operação Sodoma.

Silval diz que Nadaf provocava confusão no CCC. No Centro de Custódia, Silval também diz que não presenciou Silvio Corrêa ameaçar Pedro Nadaf. Por outro lado, ele revela que Nadaf era causador de problemas. "Ele (Pedro Nadaf) saiu de lá por um desentendimento e não foi uma vez só não. Teve até boletim de ocorrência. Pra mim ele provocou pra sair de lá com a esperança de fazer uma delação premiada", diz Silval Barbosa. 

 

15h55 - Silva nega guardar dinheiro em armário de banheiro. "Nunca guardei dinheiro dentro do gabinete. Quem fazia a gestãod o gabinete era o ajudante de ordens. Dentro do meu gabinete não tinha dinheiro", alega Silval para desqualficar o depoimento de Pedro Nadaf que afirmou que o dinheiro da propina era guardado num armário que existia no banheiro e que ele presenciou Silval Barbosa retirando dinheiro do local e entregando ao filho. Os questionamentos sao feitos pelo advogado Bruno Ferreira Alegria, defensor de Rodrigo Barbosa.

O ex-governador também comenta sobre a relação de amizade que existia entre Pedro Elias e seu Filho. "Achei muito estranho o Pedro Elias dizer isso, ele poderia muito bem ter dito que entregou o dinheiro pra mim", lamenta Silval ao confirmar que ambos era amigo e ele não consegue encontrar justificativa. "É um processo marcado por contradições, são pessoas que me usam e infelizmente usaram meu filho para saírem da cadeia. Infelizemente, tudo me leva a concluir isso", volta a lamentar o ex-governador. Citou também que as esposas de Pedro Elias e Rodrigo tambem eram amigas. 

15h39 - Silval defende correligionário Walace. "O Walace só me pediu pra ajudar ele no palanque, nunca me pediu mais nada", sustenta Silval Barbosa. Ele também nega ter conhecimento sobre repasse de dinheiro para as gráficas que o Minsitério Público afirma que estão ligadas a Walace. Nega ter recebido qualquer cheque de gráficas ligadas ao ex-prefeito de Várzea Grande. Ele reclama também que tudo na audiência é online porque a imprensa transmite tudo. Selma Rosane então aproveita a deixa e pergunta se o ex-governador tem acesso a internet dentro do Centro de Custódia. Ele nega, diz que não acessa internet no Centro de Custódia. 

15h30 - Silval fica nervoso ao tentar defender o filho. Sobre o sumiço de documentos que o filho de Silval, Rodrigo Barbosa, é acusado, ele pede um tempo para responder com calma. Prefere falar do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira). O ex-governador tenta inocentar o filho dizendo que Pedro Elias não acusou Rodrigo Barbosa. A juíza intervém e diz que Pedro Elias não falou isso.  "Doutora, a senhora já viu o que estão fazendo com o Rodrigo", indigna-se o ex-goverandor sobre a tese de que Rodrigo, morador do mesmo prédio da tia de Pedro Elias, teria invadido o imóvel e extraviado documentos importantes e úteis para a investigação. 

"Quer mentir minta, eu apodreço na cadeia, mas por que colocar meu filho nessa história! O rapaz anda assutado, não dorme, só à base de remédios. Não sei o que levou o Riva a fazer isso, espero que a senhora, porque e senhora que prende, entenda que ele deve estar querendo não voltar para a cadeia", enfatiza o ex-governador Silval. A defesa de Riva entra na conversa e esclarece que José Riva não acusou Rodrigo Barbosa de integrar a quadrilha. Ulisses Rabaneda, advogado de Silval diz que muitas conversas chegam até Silval de forma distorcida, por fontes não confiáveis. 

Silval segue respondendo questionamentos e nega ter recebi propinas do empresário Júlio Minori, dono da Web Tech. "Se colocar esse senhor aqui eu nem sei quem é", argumenta Silval para tentar convencer que ele nunca se reuniu com o empresário. 

Dinheiro no armário do banheiro. "Não é verdade", diz Silval quando questioando por Selma Rosane se ele guardava dinheiro de propinas num armário que existia no banheiro de seu gabinete no Palácio Paiaguás. 

15h25 - Riva cria problemas em todos os lugares. "Doutora, eu convivi com ele, a senhora não tem noção do quanto ele (José Riva) é problema eu vivia sob pressão 24 horas para lidar com problemas criados por Riva e por outros deputados", afirma Silval para sustentar que Riva tinha sim poder de interferir e atrapalhar o seu governo, apesar de ser do Legislativo. 

Agora Silval Barbosa esclarece sobre sua parceria com José Riva. Confirma que é sócio de Riva numa fazenda em Colniza, mas nega ter qualquer dívida com o ex-deputado. O ex-governador revela que a fazenda custou R$ 18 milhões.  "Essa história ele inventou, o Riva foi denunciado, se ele não conta essa história ele certamente estaria preso", afirma Silval e é questionado por Selma Rosane. Ela rebate quem sabe disso é ela. Silval então retira sua colocação de diz que Riva tinha grande possiblidade de voltar a ser preso. Ao depor nesta terça-feira (30), Riva revelou que Silval lhe devia R$ 2,5 milhões pela compra da fazenda em Colniza e pediu a Willians Mischur para pagar a propina a Riva para saldar a dívida. 

15h18 - "Versão fantasiosa". A juíza Selma Rosane questiona Silval e classifica a versão de Silval como "fantasiosa" diante dos detalhes jár relatados por outros réus e por delatores. Ela pede que ele dê sua justificava "O Pedro Elias defendia interesses dele", rebate o ex-governador.

Silval confirma que manteve encontros e conversas com Willians. Agora, em juízo, Silval Barbosa confirma que chegou a conversar com o empresário Willians Paulo Mischur, da empresa Consignum que o procurou para dizer que tinha interesse em continuar com o contrato junto ao Estado para gerenciamento da margem de empréstimos consignados. Lá atrás, quando foi preso e deixava a sede da Defaz, Silval Barbosa alegou que nunca tinha se encontrado com Mischur. 

Silval diz que fantasiosa é a versão dos réus e delatores que o acusam com medo de voltarem para a cadeia. "O Willians ficou 3 dias preso e diz que acabou a vida dele. O Pedro Elias a mesma coisa, o Zílio a mesma coisa, o seo Riva a mesma coisa, para nã voltar (para a cadeia). Eu virei uma senha. Não quer ficar na cadeia, então fale do Silval", argumenta o ex-governador na tentativa de desqualificar todos os demais réus e delatores que já prestaram depoimento e afirmaram que Silval era o chefe da quadrilha. 

Dono da Consignum não é vítima de nada. "O senhor Willians tenta se passar como vítima, mas não é nenhuma vítima. Essa estrutura montada pelo César Zílio, Willians e Pedro Elias é marcado por muitas contradições”, continua Silval Barbosa respondendo diretamente à juíza Selma Rosane.

O ex-governador também tenta atribuir culpa pelos crimes ao ex-secretário de administração, Francisco Faiad (PMDB) que já foi candidato a vice-prefeito de Cuiabá no pleito de 2012.""O Faiad (Francisco Faiad, ex-secretário da SAD) ninguém fala, parece que ele não existiu na secretaria", contesta o ex-governador. 

15h08 Todo governo tem caixa 2. "Não tem nenhum governo sem caixa dois, não existe nenhuma eleição sem ter caixa 2. Tem a oficial e tem o caixa 2", revela Silval. 

15h05 - Silval confirma que existia uma ou mais de uma organização criminosa em seu governo. "Não é verdadeira a denúncia, doutora. A denúncia me coloca como chefe de organização criminosa. Depois de todo esse tempo preso eu percebo que dentro do meu governo tinha uma ou mais de uma organização criminosa. Essa que a senhora acaba de perguntar era composta pelo senhor César Zilio, o Willians, Pedro Elias, a esposa do Zílio, o José Costa Mrques, o escritório Matrix, o escirtório de contabilidade do seo César e a filha do Costa Marques e o seo Antelmo, pai do César Zílio, por tudo o que ele falou aqui", diz Silval. Ele comenta agora sobre a atuação de César Zílio no esquema de cobrança de propinas.

15h -Silval Barbosa desqualifica Pedro Nadaf e diz que ele mentiu no interrogatório. "Infelizmente ele falou tudo aqui e mentiu para a promotora, para a senhora e para a imprensa". Selma Rosane rebate Silval e diz que essa dificuldade relatada por Silval de acesso aos depoimentos de outros réus é uma realidade enfrentada por todos os réus. Ela orienta que ele fale sobre as acusações contra ele e não tente desqualificar os depoimentos de outros réus. 

14h56 - Silval começa a depor e afirma que a denúncia contra ele é "falsa". Ele lembra que são várias denúncias contra ele, cita a 1ª fase da Operação Sodoma e o reinterrogatório do ex-secretário Pedro Nadaf. Diz que os réus têm dificuldade para ter acesso aos materiais produzidos na denúncia e isso complica para a defesa. Relata que somente nesta terça-feira (30) é que teve acesso ao teor no novo depimento pretado por Pedro Nadaf, onde o ex-aliado de Silval o incriminou e contou, em detalhes, que o ex-chefe do Executivo era o chefe da organização criminosa. 

14h45- Após um intervalo de 10 minutos, a juíza Selma Rosane dá continuidade à audiência com o interrogatório do ex-governador Silval Barbosa. Ele está preso em Cuiabá desde setembro de 2015 acusado de chefiar uma organização criminosa que cobrava propina de empresários sob ameaça de encerrar os contratos. Silval nega todas as acusações. 

 

14h10 - Começa a oitiva do ex-prefeito de Várzea Grande, Walace Guimarães (PMDB). Ele alega que a denúncia contra ele é falsa, que nada procede. O peemedebista diz que na sua versão, o ex-secretáro César Zílio o acusa de ter praticado tráfico de influência para facilitar a contratação de gráficas. Walace diz conhecer as empresas de Evandro e Roni de Liz porque já fez orçamentos em ambas as gráficas. Ele confirma que já realizou serviços nas Gráficas Integraf e Editora de Liz, mas sustenta que não usou as empresas para receber valores do Estado sem prestação de serviços para custear sua campanha.

14h05 - Empresário cofirma amizade com ex-prefeito de VG, mas nega prática de crimes de forma conjunta. O réu esclarece que o ex-prefeito Walace é compadre dele, que se conhecem desde 1999. Reafirma que existe uma relação de amizade pois Walace alace é padrinho da filha de Evandro. O empresário nega nega que sua empresa, a Integraf, tenha qualquer relação com o ex-prefeito de Várzea Grande no sentido de firmar contratos simulados com o Estado e receber os valores para custear a campanha política do peemedebista. Termina o interrogatório de Evandro. 

13h50 - Começa o interrogatório do réu Evandro Gustavo Pontes da Silva, empresário dono da Gráfica Intergraf, localizada em Várzea Grande. A empresa dele é acusada de ter recebido dinheiro do estado e repassado ao ex-prefeito de Várzea Grande, Walace Guimarães para custear dívidas da campanha política de 2012 do peemedebista. Evandro diz que a denúncia contra ele é verdadeira em parte. Ele confessa que repassou 10% de propina ao ex-secretário de Administração César Roberto Zílio e seu cheques foram usados por Zílio na compra de um terreno de R$ 13 milhões. Sobre o repasse de R$ 2 milhões a Zílio para ser distribuído entre ele, Silval Barbosa e Walace Guimarães, ele nega. "Nunca teve isso, não existiu isso.Evandro confirma que pagou R$ 283 mil a César Zílio relativo a um contrato anterior que ele tinha junto ao Estado no valor de R$ 2,8 milhões. Ele alega que foi "obrigado" a pagar a propina para receber valores de serviços gráficos já prestados ao Estado. Nesse contexto, ele admite ter pago propina e que seu cheques foram usados por Zílio. 

O Ministério Público diz na denúncia que a empresa de Evandro recebeu R$ 2 milhões do Estado e não prestou os serviços gráficos. O verdaderio motivo seria repassar o valor para Walace Guimarães custear sua campanha política em 2012 quando disputou a Prefeitura de Várzea Grande. Walace teria ficado com R$ 1 milhão e repassado mais R$1 milhã para César Zílio que era o secretário de Administração e autorizou o pagamento.  "Os serviços foram prestados. Fui ao Ministério Público e até levei as artes de alguns serviços realizados, mas infelizmente eu só tinha aquilo no momento". Evandro alega não saber os motivos pelos quais César Zílio "teria inventado mentiras" envolvendo o nome dele e o apontando como  participante da organização criminosa chefiada por Silval Barbosa. 

13h48- Rodrigo relata as circustâncias em que foi preso na 2ª fase da Operação Sodoma. Ele ficou preso por 37 dias e agora lamenta as datas comemorativas em família que ele perdeu enquanto estava preso. Cita o aniversário do pai dele e o nascimento do filho. Não houve organização criinosa, nunca fiz parte de organização", volta a alegar ele afirnado não ser a pessoa que fazia levantamento sobre empresários que poderiam vir a pagar propina para a quadrilha. Termina o interrogatório de Rodrigo Barbosa. 

13h40 - Indagado por seu advogado, Bruno Alegria, Rodrigo Barbosa esclarece sua relação com o ex-secrtário Pedro Elias. Conta que foi em 2009 quando Elias era secretário municipal em Várzea Grande. À ocasião, Rodrigo convidou Pedro Elias para participar da campanha política de Silval Barbosa. Rodrigo ressalta que ele nunca ocupou qualquer cargo público no staff do pai. Nega ter tratado sobre quaquer prática criminosa com o ex-secretário de Fazenda, Marcel de Cursi. Também sustenta que não tinha ligação com Silvio Cézar Corrêa Araújo, ex-chefe de gabinete de Silval Barbosa. 

13h35 - Propina no banheiro - Rodrigo alega que o ex-secretário chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf, para ser solto, pois está preso desde setembro de 2015, está inventando algumas coisas e o ex-deputado estadual José Riva com medo de voltar para a cadeia também está inventando "mentiras" envolvendo seu nome. Com isso, Rodrigo nega ter recebido propina de seu pai, o então governador Silval Barbosa no banheiro do gabinete no Palácio Paiaguás. Nos depoimentos prestados em juízo, Nadaf e Riva afirmaram que Rodrigo fazia parte da organização criminosa e recebia propina diretamente do pai dele, o então governador Silval Barbosa. O ex-secretário adjunto da SAD, Pedro Elias também afirmou que parte das propinas pagas por empresários foi para Rodrigo Barbosa.

Ele também nega tal acusação. "Nunca recebi dinheiro de propina do Pedro Elias", sustenta Rodrigo quando questionado pela promotora Ana Cristina Bardusco. 

 

13h25 - Filho de Silval nega participar de quadrilha. Rodrigo Barbosa abre o depoimento alegando que a denúncia contra ele não é verdadeira "Não componho, não faço parte de qualquer organização criminosa", afirma o filho do ex-governador Silval Barbosa. O médico alega que é a primeira vez que ouve a palavra concussão, crime pelo qual ele foi denunciado pelo Ministério Público Estadual. Afirma não ter conhecimento das empresas Consignum e Web Tec e segundo ele, dessa forma, não tem como ele ter praticado qualquer fraude processual. 

"Nunca recebi e nunca autorizei ninguém a falar em meu nome. Nem conheço esses empresários", sustenta Rodrigo alegando não conhecer os empresários Willians Paulo Mischur da empresa Consignum e Júlio Minori da Web Tech. Ele também nega ter invadido o apartamento da tia do ex-secretário adjunto da SAD, Pedro Elias e garante que não subtraiu qualquer documento do imóvel. Rodrigo segue negando os fatos e sutenta que nunca praticou extorsão contra o empresário João Batista Rosa, dono do Grupo Tractor Parts. Ele foi o primeiro delator na Operação Sodoma e revelou que era vítima de extorsão e obrigado a pagar propina para que suas empresas continuassem usufruindo de incentivos fiscais por meio do Prodeic.

12h02 - Indagado se Marcel foi procurado para fazer delação premiada seletiva em algum momento. Ele não responde. Encerra-se a oitiva.

11h43 - Marcel reafirma que nunca cometeu nenhum ato de corrupção. "Eu fui destruído. Como pessoa e profissional", diz. "A impressão que eu tenho é que passávamos o dia todo planejando como extorquir as pessoas. eu era conhecido não como corrupto, mas como perdigueiro. Consegui aumentar a arrecadação no meio da crise de 2008 e 2009, a crise mais profunda que esse Estado enfrentou. Estou numa situação que considero vexatória. Sentei para discutir questões institucionais, não discutir propinas", dispara.

11h35 - O advogado Leonardo Bassil volta a indagar Marcel de Cursi. Pergunta se havia outros magistrados que teriam tido seus sigilos fiscais acessados ilegalmente. O ex-secretário afirma que "o ex-presidente do Tribunal de Justiça e um outro juiz", mas prefere não citar nomes, nem se são membros ativos ou aposentados do TJMT.

11h35 - O advogado de Fábio Formiga pergunta se seu cliente fraudou qualquer processo licitatório. Marcel afirma que não.

11h28 - Marcel de Cursi especula que o prejuízo ao Estado pode chegar a R$150 milhões. "Cheguei a este número por minha experiência própria, sem computadores", afrma.

10h49 - O advogado de Chico Lima, que responderá por carta precatória, Otávio Gargaglione, pergunta a Marcel de Cursi se João Rosa tentou operações de crédito. "Ele tem uma dívida com R$45 milhões por falta de documentos. Todas as empresas dele têm omissão de entrega de informação ao fisco. As quartas vias, não entregadas, são relativas ao suposto credito que ele quer recuperar".

10h36 - Ele explica a Bassil que para descobrir quem participava do lobby é possível através do CPF, IP do computador, e identificação do número do computador.

10h35 - Marcel narra que sofreu um atentado dentro da Universidade Federal de Mato Grosso, tendo sido ameaçado por um motoqueiro com 7 tiro de arma de fogo. O motivo seria cooperação em investigação do MPE no combate à corrupção tributária.

"Um grupo de pessoas seriam prejudicadas com esse combate. Pessoas que infelizmente hoje voltou a ocupar cargos na Secretaria de Fazenda, mas eu prefiro não dar nomes", dia de Cursi.

10h23 - O advogado Leonardo Bassil, defesa de Sílvio Corrêa, indaga Marcel de Cursi. O ex-secretário afirma que ouviu uma confusão entre Pedro Nadaf e agentes prisionais dentro do Centro de Custódia de Cuiabá. Diz que nunca ouviu Nadaf nem Zílio ameaçando ninguém na unidade prisional.

10h17 - Marcel de Cursi nega que tenha pedido propina de Willians Mischur, proprietário da Consignum. Afirma que não o conhece. Também nega ter participado de qualquer processo licitatório no governo Silval e que não recebeu propina alguma, nem fraudou documentos.

10h14 - A lei nº 10.207 foi criada em 2010. Pedro Nadaf afirmou em delação que ela servia para dar “total blindagem” ao governo para impedir investigações, consolidando atos e incentivos concedidos irregularmente bem como obras, obras da Copa para que “ninguém pudesse investigar o governo Silval”.

"Esse fato ele não foi escondido de ninguém. O Ministério Público Estadual (MPE) pediu minha prisão porque eu estava interferindo na CPI. Eu disse que não, que estava discutindo a mensagem 45. O material que foi apreendido, que estava no meu notebook, era a mensagem 45, existiam varias versões da mensagem".

O ex-secretário de Fazenda afirma que a lei "veio para criar uma disciplina para o Poder Executivo e que a receita Federal adota a mesma norma".

9h57 - "Eu fiquei um ano preso, e esperei 350 dias ara estar à frente de Vossa excelência para tentar, de alguma forma, demonstrar que não integro essa organização criminosa. Sou vítima. Meu nome foi fulminado", exclama Marcel de Cursi, ao tentar explica a lei nº 10.207. A juíza Selma Arruda afirma que nesta fase, o ex-secretário não responde por organização criminosa. Ela permite apenas mais 5 minutos para ele terminar a argumentação.

9h33 - O ex-secretário nega participação na suposta organização criminosa que a Operação Sodoma investiga. Ele explica que 2.133 minutas foram elaboradas na Secretaria de Fazenda e o nome dele, nem meu órgão, são apontados como formulador de normas e isso, conforme ele, indica que não há envolvimento na organização.

9h27 - Corrupção, fraude em licitações, fraude processual e lavagem de dinheiro são os crimes imputados a Marcel. Ele afirma que é inocente em relação a todas as acusações. "Não vejo conduta minha. Nunca participei de compra de terreno, nunca conversei com ninguém sobre as licitações. Estou tentando me organizar. Vejo com estarrecimento as declarações dos senhores Pedro Nadaf, Pedro Elias e César Zílio", inicia de Cursi. Afirma ser vítima dessa 'confusão de afirmações' e que irá colaborar com a investigação. ()Patrícia Helena Dorileo e Welington Sabino, do GD)

 

 

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