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Variedades Quarta-feira, 29 de Janeiro de 2020, 00:00 - A | A

29 de Janeiro de 2020, 00h:00 - A | A

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Esportivo sem culpa



por Rubén Hoyo

Autocosmos.com/México

O BMW i8 Roadster é um híbrido de plug-in que gera muitas opiniões estranhas. O sistema é, até agora, a melhor opção para reduzir emissões e consumos drasticamente sem exigir grandes sacrifícios, como longos períodos de recarga, intrínsecos a carros puramente elétricos. Mesmo que use o que se considera o método mais efetivo para a mobilidade, o BMW i8 não é precisamente uma novidade no mercado e não representa atualmente um avanço tecnológico significativo, embora seus principais paradigmas ainda sejam exceções na indústria. A fabricante criou a submarca BMW i em 2011, quando exibiu o i8 ainda como carro-conceito, com a missão de explorar novas tendências de mobilidade, com eletrificação, fabricação sustentável e possibilidade de reciclagem.

A BMW i chegou ao mercado em 2012 com o i3, um elétrico urbano que aumenta suas vendas ano a ano. Em 2014, apresentou a versão definitiva do esportivo exótico i8, um híbrido plug-in capaz de entregar o melhor de dois mundos que frequentemente se contrapõem: desempenho esportivo e eficiência energética. Já a versão roadster do BMW i8 só chegou ao mercado em 2017 – foi apresentado no Salão de Pequim em 2016 – e a marca aproveitou o momento para atualizar a motorização, com aumento da capacidade do propulsor elétrico e do conjunto de baterias. A potência total passou dos 362 cv para 374 cv. O torque se manteve em 58,1 kgfm.

Apesar de o estilo do i8 já ter sete anos de idade, o visual do modelo se mantém extremamente futurista, principalmente por conta dos painéis externos traseiros flutuantes, finalizados com linhas de led. Na frente, a grade bipartida está presente, mas como elemento meramente decorativo. Por fim, as portas se abrem em um estilo que mistura as do tipo asas de gaivota e as do tipo tesoura: ela gira em um pivô para o lado e para cima ao mesmo tempo.

 Como em qualquer esportivo, a mecânica é uma parte fundamental. No caso do i8, ela é extremamente moderna. A bateria é de 11,6 kWh, fica montada na parte central do veículo, exatamente no túnel de transmissão, e é capaz de movimentar o esportivo híbrido plug-in por até 55 km a até 120 km/h. Quando o modo Eco Pro é ativado, o motor a gasolina, um 1.5 litro turbo de 3 cilindros com 231 cv, e o elétrico, de 143 cv, se harmonizam para maximizar a eficiência e alcançar, segundo a marca, um rendimento de até 47,62 km/l. A potência do sistema é enviada para as quatro rodas através de duas transmissões. Uma caixa automática de seis marchas para o motor térmico e outra de uma só velocidade para a parte elétrica. Com isso, o i8 Roadster de 1.595 quilos é capaz de acelerar de zero a 100 km/h em 4,6 segundos, com máxima limitada eletronicamente a 250 km/h.

O conceito de fabricação do BMW i se chama Life Drive. A ideia básica é que a parte mecânica é montada em uma arquitetura quase totalmente em alumínio, chamada de Drive Module, enquanto a cabine, chamada de Life Module, é produzida em fibra de carbono. Ambos materiais apresentam grandes benefícios em relação a redução de peso, mas sofrem um impacto negativo em matéria de isolamento acústico e refinamento. Essa é uma característica de carros feitos em fibra de carbono e não há muito o que fazer a respeito – aplicar material fonoabsorvente acabaria anulando a vantagem do baixo peso. Um detalhe que diferencia o i8 Roadster é a eliminação dos inúteis assentos traseiros presentes no coupé. No espaço, ficam os mecanismos do teto automático retrátil, que precisa de 15 segundos para abrir ou fechar.

 A estética do interior começa a mostrar sinais da idade. A tela central de 8 polegadas é modesta diante das usadas nos BMW mais modernos. O painel de instrumentos é até digital, mas pequeno demais para os padrões atuais. Há um excesso de botões para o controle de climatização, rádio, modos de condução e o grande botão do iDrive. Nada disso combina com o design futurista ou a mecânica moderna do modelo. Já a qualidade dos materiais e de montagem é impecável. A cabine ergonômica, ótima posição do dirigir e os ajustes das suspensões tornam o i8 um esportivo pronto para longas viagens.

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