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Variedades Sexta-feira, 20 de Abril de 2018, 00:00 - A | A

20 de Abril de 2018, 00h:00 - A | A

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Juíza autoriza a destroca de bebês



A juíza Janaina Rebucci Dezanetti, da 3ª Vara da Comarca de Alta Floresta, autorizou na terça-feira, 17, durante audiência de conciliação, a destroca de dois bebês, atualmente com 11 meses, que haviam sido trocados logo após o parto, em maio de 2017, no Hospital Regional Albert Sabin. 
A decisão foi dada após o exame de DNA comprovar que as crianças realmente haviam sido trocadas ao nascer.  As duas mães descobriram o erro da maternidade após cinco meses, quando já estavam afeiçoadas às crianças. Elas concordaram em realizar a troca, porém de maneira gradativa para que nenhuma das partes sofra neste período de adaptação. 
“Ouvidas as partes, essas concordaram em realizar a troca das crianças, para que cada uma fosse recebida por sua família biológica. Ainda concordaram em realizar um período de convivência entre as respectivas famílias, visando uma melhor adaptação de cada criança a sua família biológica, mantendo, contudo os vínculos afetivos”, diz trecho da decisão. 
As crianças deverão ser levadas pelas suas famílias, uma à casa da outra,  por três meses, inclusive em período noturno, sendo acompanhadas por representantes multidisciplinares para que orientem os pais durante o período de adaptação. No entanto, a juíza ressaltou que, caso seja necessário, as crianças devam permanecer com suas mães afetivas. 
“Nesse período inicial de acompanhamento concordam as partes em realizar visitas diárias nas casas de ambas as famílias. Inclusive, no período noturno, caso seja necessário as crianças poderão permanecer com suas mães afetivas, principalmente, até que ocorra a desmama”,  concluiu a juíza. 
Entenda o caso- A suposta troca de bebês ocorreu no Hospital Regional de Alta Floresta. Uma das mães, Francielli Monteiro Garcia, de 24 anos, foi quem descobriu e fez o exame de DNA. 

Na época a jovem contou que entrou em trabalho de parto no dia 20 de maio de 2017 e o seu filho nasceu às 20h46 daquele dia. 
Em seguida, ele foi colocado em berço aquecido e com oxigenioterapia, enquanto ela era levada ao centro cirúrgico para controlar uma hemorragia. 
Ela disse que, no momento em que recebeu alta e foi para casa, desconfiou que o filho poderia ter sido trocado. 
“Percebi que o bebê poderia não ser meu no momento em que chegamos em casa, que minha mãe foi dar banho nele e eu pedi para tirar a pulseirinha para guardar. Aí vi que ali não constava meu nome. Entrei em contato por telefone com o hospital, que nos acalmou dizendo que em hipótese alguma poderia ter acontecido a troca”, disse. 
Conforme a jovem, o hospital ainda a orientou a aguardar a outra mãe, Erivânia Santos, se manifestar, caso visse o nome dela na pulseira do bebê que lhe foi entregue e estranhasse também. Mas, segundo Francielli, ela nunca se manifestou. 
A descoberta- A jovem relatou ter visto o filho biológico na sala de espera de um posto de saúde de Alta Floresta no dia 3 de outubro, no colo de Erivânia, quando esperavam por consultas de rotina dos bebês. Segundo ela, o bebê tinha a mesma fisionomia do marido, o que lhe chamou a atenção. 
“A sensação que tive quando vi meu filho pela primeira vez foi um estado de choque junto com emoção e muita dúvida. Me perguntava: será que ele é meu filho mesmo, porque se parece muito com meu esposo. Propus a Erivânia para fazermos o exame de DNA, mas ela disse que falaria com o esposo e não fez. Mas eu fiz o exame para buscar respostas”, disse. 
De acordo com Francielli, o resultado saiu em novembro e comprovou que o bebê que estava com ela, então com seis meses de idade, não era seu.
 “Quando soube que o bebê que crio não era meu biológico, entrei em prantos, chorei muito. Continuo cuidando dele como se fosse meu, mesmo sabendo que não é o meu biológico, o amo muito “, relatou. 
 Hospital negou- Por meio de nota, o hospital confirmou que as duas mães ficaram alojadas no mesmo ambiente após o parto, em conjunto com os respectivos filhos, até a alta hospitalar e que não houve falha nos procedimentos adotados pelos funcionários da unidade. 
De acordo com o hospital, os recém-nascidos saíram “corretamente identificados constando o nome da mãe, data, horário do nascimento e sexo”. No dia 20 de maio, segundo o hospital, duas mães estavam em trabalho de parto, sendo que o filho de Francielli nasceu às 20h46 e foi colocado em berço aquecido e com oxigenioterapia, enquanto ela foi levada ao centro cirúrgico para controlar uma hemorragia. 
Na outra sala, a outra mãe teve o bebê dela, que foi entregue a ela em alojamento conjunto. (Informações/ JAD LARANJEIRA- Mídia News)

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