Durante evento no Acre, Michelle adotou um tom crítico em relação ao atual governo, mas defendeu que o caminho para a resolução do impasse seja o diálogo. “É hora de baixar as armas da provocação; cessar os tambores de ofensas e hastear a bandeira do diálogo e da paz”, disse, em trecho da carta lido publicamente.
Michelle também associou a crise à condução da política externa brasileira, fazendo um alerta sobre a imagem internacional do país. “Essas sanções só foram aplicadas, até hoje, a países reconhecidos como ditaduras”, afirmou. Em seguida, acrescentou: “O Brasil está sendo visto como uma ditadura disfarçada de democracia”.
A carta faz um apelo para que o presidente Lula deixe de lado disputas partidárias e polarizações ideológicas. “Lula, você precisa parar de se guiar por ideologias doentias e pelo desejo de vingança. É preciso governar para obter o que é melhor para o povo e para o Brasil. Chega de ódio e de irresponsabilidade”, escreveu.
O posicionamento de Michelle ocorre no momento em que Lula vem se manifestando com firmeza sobre a decisão de Trump. Em publicação nas redes sociais, o presidente declarou: “O Brasil vai adotar as medidas necessárias para proteger seu povo e suas empresas”.
Ainda assim, o petista garantiu que seguirá buscando caminhos diplomáticos: “Somos um país grande, soberano, e de tradições diplomáticas históricas com todos os países”, afirmou. Por sua vez, Donald Trump declarou, na sexta-feira (11), que pretende conversar com Lula “em algum momento, mas não agora”.