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Variedades Sexta-feira, 03 de Julho de 2020, 00:00 - A | A

03 de Julho de 2020, 00h:00 - A | A

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Moto Mundo: Tempos conjugados



José Luis Ruiz/Destino Viajero

Autocosmos.com/México

Exclusivo no Brasil para Auto Press

                Nos anos 80, havia três modelos icônicos entre as motocicletas japonesas: a Honda CB900F Bol d’Or, a Kawasaki KZ1000 e a Suzuki GSX1100S Katana. E a Katana dos anos 80 era a moto que todos queriam em sua garagem. Tinha o som e a potência para maltratar os concorrentes. E normalmente, quem tinha ainda incrementava com alguns componentes extras, como filtro de alto fluxo e escapamento de competição – na época, o mais desejado era o famoso quatro-em-um Kerker. Com ele, assim que o motor da Katana era acionado, a vizinhança era acordada e os alarmes dos carros próximos disparavam.

                Mas o grande diferencial da Katana era mesmo seu desenho “afiado”. A Katana marcou época foi ter sido a primeira moto de série em que o piloto não montava simplesmente, como acontecia com as motos da época. A Suzuki adotou o conceito “faired in”, em que os joelhos do piloto se encaixam sob as protuberâncias laterais do tanque. Os executivos da marca diziam que eles tinham a melhor tecnologia de motores da época, mas a estética dos modelos era horrível. Por isso, a marca contratou o estúdio de design alemão Target, que tinha como sócio um antigo designer da BMW Motorrad. A aerodinâmica foi toda desenvolvida em túneis de vento da Pininfarina.

                Nos anos 90, a Suzuki reutilizou o nome Katana, tradicional espada samurai, mas com modelos sem graça, que não faziam jus à tradição, com 650 e 750 cm³. Ano passado, a marca decidiu tentar novamente e teve um resultado realmente interessante. Além do visual com diversas referências ao modelo original, a nova Katana ganhou suportes eletrônicos para auxiliar da condução e um chassi muito leve, que deu uma ótima mobilidade – bem diferente das unidades pesadas do passado. O motor é o mesmo usado atualmente pela esportiva GSX-S1000 – que em 2005 era usado pela superesportiva GSX-R1000. Já o quadro é o da própria GSX-R1000 atual. Tanto a GSX-S1000 quanto a GXS-R1000 são vendidas pela Suzuki no Brasil – o que não acontece com a Katana, pelo menos por enquanto. No mercado internacional, o preço da Katana regula com o da GSX-S1000, que por aqui é vendida por pouco menos que R$ 53 mil. Já a GSX-R1000, que atualmente tem 202 cv, custa pouco abaixo de R$ 74 mil.

                Os principais recursos que a Katana oferece são suspensões totalmente ajustáveis, controle de tração com três modos de atuação – que pode ser e pode ser desconectado – e freios ABS. O motor de 999 cm³ tem quatro cilindros em linha e duplo comando no cabeçote. Tem arrefecimento líquido e rende 150 cv de potência a 10 mil rpm e 10,8 kgfm de torque a 9.500 – no Brasil, por conta do etanol na gasolina, ele sobe para 11,01, na mesma rotação. O câmbio é de seis marchas. O peso é de 215 kg e a autonomia não é lá grande coisa: o tanque de combustível tem capacidade para apenas 12 litros. O chassi é do tipo Diamont com dupla longarina superior em liga de alumínio fundido e perfil em liga de alumínio extrudado. Ele se apoia em suspensões Kaiaba, invertida na frente e monoamortecida com link atrás. Os pneus são 120/70 R17 na frente e 190/50 R 17 atrás. Os freios são da Brembo.

 

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