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Variedades Sexta-feira, 17 de Abril de 2020, 00:00 - A | A

17 de Abril de 2020, 00h:00 - A | A

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Pausa estratégica



por Geraldo Bessa

TV Press

Apresentar é apenas uma das funções de Rodrigo Faro no “A Hora do Faro”. Extremamente envolvido em todos os detalhes do dominical, Rodrigo passa boa parte de seu tempo pensando em quadros, números musicais e temas para abordar ao longo do programa. Neste início de ano, entretanto, ele foi pego de surpresa pela pandemia de coronavírus e terá de adiar boa parte das ideias desenvolvidas para a temporada 2020 da produção. Em especial, a gravação do quadro “Game Of The Games”, uma disputa entre celebridades que faz sucesso na tevê americana. “Estava tudo pronto. As gravações seriam na Argentina em meados do mês passado. Estamos revendo os planos para quando tudo ficar mais tranquilo. A prioridade agora é a saúde de todos”, ressalta.

Paulistano e corintiano “roxo”, Rodrigo estreou na tevê em 1987, no comando do infantojuvenil ZYB bom, da Band. “A tevê é um universo muito competitivo. É preciso ter determinação. Tenho esse foco desde muito novo”, destaca. Nos anos 1990 e início dos anos 2000, enveredou por personagens de tintas populares na Globo, como o conquistar Heitor de “O Cravo e a Rosa” e o pescador Tainha, destaque de “O Profeta”. Em 2008, deixou a carreira de ator e a Globo para trás e assinou com a Record para comandar a versão nacional do “reality” “Ídolos”. Na sequência, virou um dos principais nomes da emissora ao conquistar público e prestígio comercial com “O Melhor do Brasil” e, posteriormente, no “A Hora do Faro”. “Agarrei em todas as oportunidades que foram surgindo. Me sinto em casa na Record e gosto da confiança que a emissora deposita no meu nome. É uma satisfação entrar todos os domingos na casa das pessoas”, valoriza.

P - Você está na programação de domingo da Record desde 2013. Como lida com a pressão de um dia tão concorrido?

R - Acredito na minha equipe e no conteúdo que temos em mãos. O domingo é realmente especial, pois reúne a família toda na frente da tevê. Entender, agradar e propor ideias para um público tão heterogêneo a cada nova edição é bem complexo. A audiência é um ponto extremamente importante e nos instiga a sempre querer dar o nosso melhor. Sei que lá no passado muita gente duvidou. Então, me sinto lisonjeado com a confiança que a emissora deposita no meu nome. Além disso, é uma honra ter nomes como Eliana, Silvio Santos e Faustão como concorrentes.

P - Como você lidou com as desconfianças em torno do seu trabalho?

R - Não vou citar nomes, mas logo que decidi deixar a Globo e assinar com a Record, um diretor com quem tinha trabalhado em novelas achou que eu estava maluco em trocar de emissora (risos). Muita gente viu minha vontade de virar apresentador como uma grande aventura que não daria certo. Com muito trabalho, acho que consegui mostrar que sonhos são possíveis.

P - Você sente saudades de seu cotidiano como ator?

R - De vez em quando. Mas aí é só participar de alguma das novelas da casa. Fui muito feliz como ator, mas chegou o momento onde interpretar personagens não me satisfazia mais. Já tinha feito de tudo um pouco dentro desse universo. Tem muito mais pressão na vida de apresentador e é isso que me move. Estou a todo momento pensando em coisas para o “A Hora do Faro”. A renovação precisa ser constante.

P - Quais as novidades do programa em 2020?

R - Vamos voltar com o “Dança Gatinho”, que é um dos quadros preferidos do público, que sempre me cobrava esse retorno. Desta vez, além de sugerir artistas, os espectadores podem dançar comigo. A Record também adquiriu os direitos do “Game Of The Games”, disputa que faz muito sucesso nos Estados Unidos. As gravações estavam prestes a começar, na Argentina, mas foram adiadas por conta do Coronavírus.

P - Como a pandemia tem afetado as gravações do “A Hora do Faro”?

R - A situação é delicada demais. Todas as emissoras estão trabalhando com reprises especiais e adotando táticas de gravação coerentes com esse momento que o mundo vive. Estamos exibindo as edições já finalizadas do “Dança Gatinho”, mas o “Game Of The Games” está suspenso. Até porque, as fronteiras entre Brasil e Argentina estão fechadas. Dentre tantos cuidados, o mais estranho foi gravar sem plateia. O calor do público é a essência dos programas dominicais. Espero que tudo isso passe logo e que possamos colocar os planos em prática e voltar ao cotidiano.

A Hora do Faro” - Record - domingos, às 15h45.

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