Gabriela Germano
Para afastar a solidão trazida pelo isolamento social, muita gente resolveu aumentar a família adotando um bichinho de estimação. Mas quais são os cuidados necessários para uma relação saudável com esse novo companheiro dentro de casa?
E o que é preciso levar em conta nesse início de relacionamento para que o dono ou o animal não fique frustrado na realidade pós-pandemia? Na dúvida do que fazer, nada como ouvir especialistas!
— As pessoas estão muito carentes agora, mas depois vão se ausentar. O isolamento vai passar, e o pet tem que saber lidar com a ausência. Não prepará-lo para ser independente é um erro porque a ansiedade por separação pode gerar destruições violentas — alerta Ana Alice Vercesi Gallo, Membro da Federação Brasileira de Adestradores de Animais.
— Latidos e destruição são as maiores causas de abandono. As pessoas precisam preparar o animal para viver naquele ambiente e saber que criá-los dá trabalho, enfatiza.
Há orientações simples que não podem deixar de ser passadas para as crianças:
— É preciso ensinar que não se deve botar o dedo nos olhos dos animais, puxar o rabo, as orelhas, beliscar... E é preciso respeitar o momento em que ele dorme, come e faz suas necessidades.
Para quem prefere os gatos, que geralmente são um pouco mais independentes (não é regra!), Também é preciso considerar uma nova rotina dentro de casa, como destaca o adestrador Anderson Gonsales, que já cuidou até de bichos astros de novelas, como o Leon, de “O sétimo guardião”:
— Prepare o local para recebê-lo. Verifique tudo o que pode ser perigoso para machucá-lo ou que ele possa ingerir, por exemplo.
Há orientações simples que não podem deixar de ser passadas para as crianças:
— É preciso ensinar que não se deve botar o dedo nos olhos dos animais, puxar o rabo, as orelhas, beliscar... E é preciso respeitar o momento em que ele dorme, come e faz suas necessidades.
É importante saber!
- Se ainda vai escolher um pet, estude o comportamento das espécies. “Se você está gostando desse clima de ficar em casa, no sofá, é melhor optar por raças mais tranquilas. Mas se não vê a hora de ir correr no parque ou na rua com seu cachorro, pode escolher um tipo mais agitado”, orienta Ana Alice Vercesi, que sugere ainda falar com amigos que já tenham um bicho igual para ouvir o que eles têm a dizer.
- Pense na sua rotina durante e pós-quarentena. Se você gosta de frequentar a praia e quer levar o dog junto, é ideal que ele tenha pelos curtos, pois os longos vão exigir banhos trabalhosos e a falta de higiene pode gerar problemas sérios.
- É preciso ensinar onde fazer xixi, o cachorro não chega sabendo. O bicho também não vai gostar de fazer suas necessidades perto de onde come. No caso dos felinos, se tiver mais de um gato, cada uma precisa de sua caixa de areia.
- Não ignore os custos. Eles variam muito de acordo com o porte e as necessidades do animal.
Evite erros!
Não dê broncas! Chinelo, gritar “não'’’ para o seu bichinho só mostra o que você não quer, mas não ensina nada e ainda vai fazer com que ele veja o dono como ameaça. Estabeleça uma comunicação positiva. Se você dá comida pra ele um dia na pia ou na mesa, ele vai achar que sempre terá comida assim. O erro não é dele, é seu.
- Não crie com o pet uma rotina que você não conseguirá manter depois. Há brinquedos interativos que podem ajudar. E você pode introduzi-los no dia a dia do animal de modo gradativo.