Sábado, 27 de Julho de 2024

Variedades Sexta-feira, 13 de Abril de 2018, 00:00 - A | A

13 de Abril de 2018, 00h:00 - A | A

Variedades /

Por todas as frentes

Carta Z



POR CAROLINE BORGES
TV PRESS

Fábio Porchat é movido por suas ideias fervilhantes. Aos 34 anos, o ator faz questão de se manter atuante na tevê, no cinema, no teatro e na internet. Atualmente envolvido com o “Programa do Porchat”, da Record, o “Papo de Segunda”, do GNT, e o “Porta dos Fundos”, ele utiliza sua hiperatividade para dar vazão aos seus anseios artísticos em diferentes plataformas. “Se eu fizesse uma coisa só, acho que iria me afundar. Preciso ter a cabeça pensando a todo momento para falar das coisas que quero em cada lugar. Tem assuntos que gosto de abordar no Porta, outros no cinema, outros no ‘Papo de Segunda’ e assim vai. É um jeito de mostrar quem eu sou de várias formas”, explica. 
Há quase um ano e meio no ar com o “Programa do Porchat”, o humorista revela que precisou de um tempo para conquistar a confiança e receptividade de seus convidados. Porém, com o crescimento da repercussão e credibilidade da produção, a resistência foi se esvaziando. “No início, teve uma desconfiança sim. Cheguei a falar disso com o Danilo Gentili e o Rafinha Bastos. Mas, agora, as pessoas já estão mais pré-dispostas e topam as brincadeiras”, afirma Porchat, que se preocupa para que seu programa não se perca nas piadas e brincadeiras. “Desde o início falo que não é um programa de game ou brincadeira, mas sim de entrevista. Se fizermos um programa sem entrevistado, vira outra coisa. Testamos várias formas. Por exemplo, percebemos que funcionou muito bem misturar os convidados”, completa.
P – O “Programa do Porchat” está no ar desde 2016 e, atualmente, exibe a sua terceira temporada. Como você avalia o desenvolvimento da produção até aqui? 
R – As coisas estão dando certo em termos de público e críticas. Ao longo desse tempo, fomos mexendo e ajeitando o que era necessário. Ainda estou entendendo como a tevê aberta funciona. Acho que temos muito o que melhorar, mas já vejo uma evolução e fico feliz com isso. Fazer um programa diário é como enxugar gelo. Não pode parar e nem perder o fôlego. A repercussão é muito maior e tudo é motivo para comentários. Tem de ter força para aguentar as porradas, mas nem levamos tantas assim. 
P – Estamos em ano de eleições presidenciais. Como você irá abordar o assunto, principalmente, a partir do segundo semestre?
R – Gostaria muito de entrevistar os candidatos à presidência da república. Tomara que dê certo, mas não sei como funciona a agenda deles. Além disso, tem as leis eleitorais e preciso me informar mais para saber até aonde posso ir. Mas vamos lançar um quadro inspirado na história da candidatura do Luciano Huck. Na produção, comediantes vão defender a candidatura de pessoas famosas. Vamos investir em um debate em que os humoristas vão ser cabos eleitorais de nomes, como Anitta ou Mr. Catra.
P – Você se sente mais pressionado a falar de política este ano? 
R – Não. O programa sempre falou de política e políticos. Sempre tive liberdade para falar de todo mundo. Já sacaneei o Lula, a Dilma, o Temer e o Gilmar (Mendes), por exemplo. Bati em todos. 
P – O “Programa do Porchat” não é o único “talk show” no ar. Atualmente, você encara a concorrência do “Conversa com Bial”, “The Noite com Danilo Gentili” e, ocasionalmente, o “Lady Night”, comandado pela Tatá Werneck. Como você lida com a concorrência? 
R – Acho que o Jô (Soares) popularizou o gênero e, agora, cada um tenta buscar o seu jeito e particularidade. O Bial é diferente de mim e do Danilo, que somos comediantes. Não adianta eu tentar ser um entrevistador seriíssimo. Isso o Bial já faz e eu jogo em outro lugar. Foi transformador não precisar seguir o roteiro fielmente e ir por um outro caminho. Acho que é um momento ótimo para se ter um “talk show” e essa concorrência só nos instiga a fazer coisas melhores. Hoje há essa luta pela exclusividade, mas a necessidade é a mãe das invenções.
P – Atualmente, você encabeça o elenco do “Papo de Segunda”, do GNT. Como foi a sua preparação para assumir o programa?
R – Liguei para o Tas (Marcelo) e falei com o Leo Jaime para entender como funcionava a dinâmica. O mais diferente é que sou o mediador e tenho de dar opinião também. A grande dificuldade é ficar atento a tudo durante toda a produção. Ao longo de todo o programa, que é ao vivo, preciso ficar ligado no tempo, dar opinião, mediar o debate, ler o “tweet” que chegou.... Sou como a Astrid Fontenelle do “Saia Justa”. Mas ela faz isso muito bem há anos.

"Programa do Porchat" – Record – Segunda a quinta, à 00h15.
“Papo de Segunda” – GNT – Segunda, às 22h30.

Comente esta notícia

Rua Ivandelina Rosa Nazário (H-6), 97 - Setor Industrial - Centro - Alta Floresta - 78.580-000 - MT

(66) 3521-6406

[email protected]