Reportagem com assessoria
Depois de 2 meses em declínio, os casos de covid-19, segundo o Boletim Epidemiológico da Secretaria de Saúde de Alta Floresta, vêm tendo uma evolução nos primeiros dias do mês de dezembro no município.
No dia 30 de novembro, o Boletim registrou que Alta Floresta, tinha 14 casos de coronavirus ativos, 52 casos suspeitos e 1.663 casos acumulados.
No dia 1º de dezembro, o número subiu para 27 casos ativos e 35 suspeitos.
No dia 2º foram 29 casos ativos e 32 casos suspeitos.No boletim desta quinta-feira os casos ativos são 26 e os suspeitos subiu para 45. Desde o início da pandemia, 26 pacientes evoluíram para óbito em Alta Floresta.
Infectados - Cerca de 12,5% da população mato-grossense já foi infectada pelo coronavírus. O apontamento é feito com base na pesquisa soro epidemiológica realizada em dez cidades de Mato Grosso, entre setembro e outubro de 2020. O projeto foi elaborado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) e contou com a parceira das Secretarias Municipais de Saúde, da Unemat e UFMT.
A prevalência de anticorpos no conjunto dos municípios avaliados foi de 12,5%, variando de 7,4% a 24,3% entre as cidades. Em Alta Floresta a prevalência de anticorpos na população é de 7%.
“É importante reforçar que essas porcentagens competem aos meses de setembro e outubro e que, muito provavelmente, a prevalência nessas cidades já é maior. Mapear a infecção pela covid-19 em Mato Grosso é fundamental para entendermos o comportamento do vírus no estado e basearmos as ações administrativas neste cenário”, disse o epidemiologista e secretário adjunto de Vigilância e Atenção à Saúde da SES, Juliano Melo.
Considerando a soro prevalência estimada pela amostra e a população de 20 anos ou mais para o estado de Mato Grosso – de aproximadamente 2,3 milhões habitantes –, o número de pessoas já infectadas é de cerca de 299.563 cidadãos.
Contudo, a área técnica esclarece que a generalização dos resultados deve ser feita com cautela, considerando que o delineamento da amostra não incluiu municípios com população menor que 25.000 habitantes e residentes na área rural.
“A prevalência, quando maior do que 10%, já representa um volume grande de transmissão ativa. Significa que um considerável número de pessoas circula em estágios diferentes da infecção e que, por outro lado, ainda existe um grande número de pessoas suscetíveis à infecção. A pesquisa possibilita uma clareza maior para a tomada de decisões relacionadas à gestão da pandemia e auxilia na elaboração de soluções”, acrescentou Juliano.
A moderada prevalência de pessoas infectadas no estado significa que ainda existe uma grande quantidade de indivíduos em risco de adquirir a doença enquanto não estiverem disponíveis vacinas efetivas, sendo importante a manutenção das ações de prevenção.
Por meio da pesquisa soro epidemiológica, também é possível analisar a expansão da covid-19 em Mato Grosso e a prevalência por município, sexo e faixa-etária.