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Atualidades Sexta-feira, 21 de Setembro de 2018, 00:00 - A | A

21 de Setembro de 2018, 00h:00 - A | A

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Parada aprimorada

Fotos: Eduardo Rocha/CZN



POR EDUARDO ROCHA
AUTO PRESS

A Honda reina absoluta entre os modelos de baixa cilindrada no Brasil, mas nem por isso se acomoda. Sempre que é obrigada a fazer alguma adequação a novas normas, usa a ocasião para evoluir suas motocicletas. Foi o caso da linha 2019 da CB 250F Twister. Por causa da legislação, a fabricante tinha de instalar um novo sistema de freios na versão de entrada do modelo até janeiro de 2019 – a de topo já estava adequada por contar com ABS. No caso, a marca optou por um sistema de freios combinados, ou CBS, e aproveitou para fazer pequenas melhorias no modelo, como passar a usar painel black-out, com fundo azul e dígitos brancos, e luzes dos piscas em led – antes, só a lanterna traseira usava a tecnologia. O computador de bordo agora passa a contar com dados de consumo médio e instantâneo.
Na linha 2019, a Twister passa a ostentar um novo visual, mais agressivo. Os gráficos deixam de ser detalhes e passam a dividir a superfície da moto. A cor preta sempre aparece no tanque, na carenagem do farol e no para-lama dianteiro, enquanto a cor da moto propriamente dita aparece nas laterais, aletas do tanque e faixas na carenagem do farol e no tanque. Na versão CBS, as combinações de preto são com as cores vermelha, prata e branca, com rodas de liga pintadas de preto. A Twister ABS repete a cor vermelha com rodas em preto e tem a cor laranja, em um arranjo inspirado nas cores da equipe de Moto GP, com rodas também em laranja.
Nos demais aspectos, a Twister não sofreu alterações. O motor é flex, monocilíndrico de 249,5 cm³ com quatro válvulas, comando no cabeçote e injeção eletrônica. Com etanol, ele rende 22,4 cv a 7.500 giros de potência e 2,28 kgfm de torque a 6 mil rpm. Ele é gerenciado por um câmbio de seis marchas. A velocidade máxima fica em torno dos 140 km/h e a aceleração de zero a 100 km/h fica pouco abaixo dos 10 segundos. A suspensão também é a mesma. Na frente, o sistema telescópico tem válvulas que controlar o fluxo hidráulico e suavizam os movimentos. Na traseira, o amortecedor único conta com duas molas com nível de rigidez diferentes. A primeira para absorver pequenas irregularidades e outra, mais rígida, para impedir o fim de curso em terrenos mais acidentados. 
Além da exigência legal, outro fator impulsionou a Honda a promover modificações na Twister: a rival Yamaha. Desde que a nova geração da FZ 250 Fazer chegou, em janeiro desde ano, as vendas da concorrente passaram de 900 para próximo de 1.300 unidades mensais em média. As vendas da Honda também melhoraram. A Twister vendia, em média, 1.850 motocicletas e este ano têm emplacado cerca de 2.450 unidades mensais. O caso é que a Yamaha acompanhou o crescimento do segmento, que foi de 50%. Mesmo que não tenha roubado participação, a Honda está atenta ao desempenho da concorrente. Tanto que mesmo as evoluções da Twister, a Honda decidiu rebaixar levemente seus preços. A versão com CBS custa os mesmo R$ 13.990 da antiga versão de entrada enquanto a versão ABS ficou R$ 540 mais barata, a R$ 14.990. A Twister tem três anos de garantia sem limite de quilometragem e sete trocas de óleo a partir da terceira revisão. 
Primeiras impressões
Anda e para
Paulínea São Paulo - A Honda caprichou no visual da linha 2019 CB 250F Twister. O conceito de compor as cores com preto dão um ar agressivo e moderno ao modelo, principalmente na versão com ABS na cor laranja. Já o desempenho consegue responder bem às expectativas de um modelo do segmento. Acelera bem, vibra pouco e tem ótima ciclística que permite contornar facilmente as curvas e manter o controle, mesmo em pisos bastante irregulares.
A maior novidade, no entanto, ficou por conta do sistema de freios combinados da versão de entrada, o CBS. O sistema conta com discos nas duas rodas, sendo a traseira de um cáliper de um pistão e a dianteira com outro de três pistões em linha. Sempre que o freio traseiro for acionado, o pistão central dianteiro também entra em ação. O CBS não é como um ABS, que impede que a roda seja bloqueada, mas aumenta muito a eficiência de frenagem e mantém a moto equilibrada durante o processo de desaceleração. A virtude do sistema é impedir a frenagem apenas com a roda traseira. Esse hábito é reconhecidamente errado, tanto que a inclusão do CBS foi exigida pelo Contran. Mas é estimulado nas moto-escolas para as provas de habilitação de Denatran. 
A mudança mais notável durante a pilotagem ficou por contar da possibilidade de monitorar o consumo médio e instantâneo, o que pode melhor o rendimento de um modelo que já é bem econômico. No teste de apresentação, que contou com trechos rodoviários e urbanos, incluindo muitos aclives, o consumo médio ficou sempre acima dos 35 km/l, no caso, de gasolina. A eficiência fica ainda mais evidente na estrada, quando a sexta marcha pode ser engatada. Embora não seja uma sobremarcha, ela baixa significativamente a rotação do motor.

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