Lana Motta
Gcom
A piracema, período em que a pesca é proibida, já terminou em Mato Grosso, mas continua proibida em nove rios chamados de rios federais, aqueles que passam por mais de um estado brasileiro ou, até, por outros países.
Conforme deliberação do Conselho Estadual da Pesca (Cepesca), no Estado o período de proteção à reprodução dos peixes começou em 1º de outubro de 2016 e foi encerrado no último dia 31.
No entanto, para o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente), que é o responsável pela fiscalização da pesca nos rios Madeirinha, Roosevelt, Guariba, Aripuanã, Teles Pires, Xingu, Araguaia, Paraguai e Juruena, e seus afluentes, o período de defeso segue até 28 de fevereiro, conforme calendário nacional.
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) já buscou entendimento junto ao Ministério de Meio Ambiente (MMA) e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para que seja reconhecida a deliberação do Cepesca quanto à mudança no período da piracema em Mato Grosso.
Na bacia do Paraguai, cerca de 61% dos peixes iniciaram seu período de reprodução em outubro. Em novembro 73% estavam em período de reprodução. O número foi diminuindo gradativamente para 61% em dezembro, 40% em janeiro, 10% em fevereiro, 3% em março e 2% em abril.
Já na bacia do Araguaia-Tocantins, a quantidade de peixe que estava em período de reprodução em outubro era maior, com 91%. O número caiu para 87% em novembro, 82% em dezembro, 28% em janeiro, 7% em fevereiro, 5% em março e 1% em abril.
A pesquisa apontou que na bacia Amazônica 77% dos peixes iniciavam a ovulação em outubro, em novembro e dezembro esse dado aumentou para 81% e 83% respectivamente. Já em janeiro o número de peixe em reprodução era menor, com 51%, em fevereiro esse número caiu para 39%, em março subiu para 55% e em abril voltou a cair para 40%.