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Caderno B Sexta-feira, 15 de Abril de 2016, 00:00 - A | A

15 de Abril de 2016, 00h:00 - A | A

Caderno B /

Bom filho

Jornal Mato Grosso do Norte



por Anna Bittencourt

TV Press

      Fernando Caruso sempre teve uma relação próxima com a tevê. "Cria" do teatro e conhecido por peças de improviso, ele passeou pela Globo e pelo Multishow em projetos distintos como novelas, programas de auditório e séries. Após seis anos de um sólido casamento com o "braço" da Globosat voltado para o humor, Caruso retorna à tevê aberta no "Zorra". "Já tinha trabalhado na antiga versão do programa em outra época. É claro que essa reformulação do programa me encheu os olhos", diz, aos risos. Convidado por Marcius Melhem – responsável pela redação final do "Zorra" e com quem estudou na PUC do Rio de Janeiro – para integrar o elenco do programa, ele garante que já havia um "namoro" para voltar à Globo. "Eu e Marcius sempre quisemos trabalhar junto na tevê. Quando ele soube que eu estava livre, rolou", conta o humorista.

P – No Multishow, você sempre esteve envolvido em múltiplos projetos como o "Vai Que Cola" e o "Prêmio Multishow de Humor". Como foi a decisão de sair?

R – Não foi minha (risos). Meu contrato com a emissora terminou no final de dezembro do ano passado. Cheguei a apresentar alguns projetos, mas não foi interessante para o canal. E acabamos não renovando. Mas tudo bem, não fico chateado. Foram seis anos bem intensos. Contei tipo idade de cachorro, cada ano valeu por sete (risos). Foi uma época de muita experimentação, trabalho e aprendizado.

P – E como foi o convite para voltar para o "Zorra"?

R – Eu e Marcius (Melhem, roteirista final) trabalhamos muito juntos no teatro. No "Z.É. - Zenas Emprovisadas", que criei ao lado do Marcelo Adnet, Gregório Duvivier e Rafael Queiroga, ele sempre participava. Era sempre o Marcius que fechava a temporada, era nosso convidado especial. Então, sempre teve uma vontade de levar essa parceria dos palcos para a tevê. Quando soube que eu estava livre, ali meio à deriva, sem saber o que ia fazer, ele me chamou.

P – A recente reformulação do "Zorra" foi um dos atrativos para você aceitar o convite?

R – Certamente, essa linguagem está muito mais próxima com o tipo de humor que eu consumo. Foi uma aposta bem corajosa da Globo.

P – Como assim?

R – O "Zorra Total" já era conhecido do público e já tinha uma audiência cativa. E o "Zorra" é exibido em horário nobre. Geralmente, as emissoras são conservadoras em apostar em uma nova linguagem nesse horário, sem testar primeiro antes. Eles bancaram apostar nessa reformulação, em trazer uma linguagem diferente. Teve uma troca de público, mas sem perder muita coisa. Ou até sem perder nada. Apostaram em um público mais jovem, que está acostumado a piadas mais rápidas, com uma coisa mais perto do cotidiano. Na minha opinião, foi uma aposta muito acertada e que diz muito sobre o posicionamento a médio e longo prazo da empresa.

P – Sua carreira artística sempre se mostrou voltada para o humor. Isso foi influência de seu pai, o cartunista Chico Caruso?

R – Por causa do meu pai, eu aprendi a respeitar o humor muito cedo na minha vida, quando ainda era criança. Além disso, acabei convivendo desde sempre no meio de grandes nomes do humor. As reuniões que eram realizadas lá em casa tinham pessoas como o Jaguar e o Miéle como convidados e eu percebia que o centro das atenções era sempre quem tinha a melhor piada para contar.

 

"Zorra" – Globo – Sábados, às 22:20 h.

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