por Márcio Maio TV Press
Prestes a estrear sua 24ª edição, o “Big Brother Brasil” serviu de inspiração para Daniel Rocha, ao ser convocado para entrar no meio de “Terra e Paixão”, novela que se despede da Globo no próximo dia 20.
Na pele do abastado Natercinho, o ator foi buscar no “BBB 21” sua principal referência na hora de construir o divertido personagem da trama de Walcyr Carrasco. “Não queria fazer um cara de uma cidade como Campo Grande ou Goiânia, mas uma do interior do Brasil. Uma dupla de amigos que se formou no ‘BBB 21’, o Caio e o Rodolffo, tinha um jeito todo carismático de falar, de se comportar. Eu associei a uma inocência de quem vive na roça”, revela.
Na história, Natercinho é um fazendeiro milionário, cuja família é dona de muitas terras. Mas o que ele quer mesmo da vida é atuar. “Ele sempre quis ser ator, fez vários cursos de atuação, só que tem um grande problema: ele não tem vocação nenhuma, é um muito ruim”, diverte-se.
É a primeira vez que exploro a comédia dentro da Globo
Na história, o maior sonho de Natercinho é trabalhar ao lado de Anely, papel de Tatá Werneck, por achá-la uma grande atriz e, principalmente, por ser completamente apaixonado pela cam-girl. “Também acabei usando o Tik Tok pela primeira vez como uma ferramenta de pesquisa, para ouvir melhor o sotaque e gírias. Nessa linha, aprendi muito com o Gustavo Tubarão, um criador de conteúdo que mostra, nas redes sociais, o seu dia a dia na roça”, entrega.
O pouco tempo para a preparação parece ter sido um dos principais desafios de Daniel em “Terra e Paixão”. Suas primeiras cenas foram ao ar na segunda quinzena de dezembro, a cerca de um mês do término do folhetim. Mas Natercinho acabou proporcionando ao ator uma experiência nova e também libertadora.
“É a primeira vez que exploro a comédia dentro da Globo. Já fiz personagens cômicos, como o Mário, no filme ‘Quem Vai Ficar com Mário?’. Dá uma responsabilidade muito grande e, ao mesmo tempo, um lugar mais livre de criação e de interpretação que a comédia proporciona”, defende.
De cara, Daniel percebeu que se tratava de uma participação arriscada., Afinal, Natercinho entrou para ser mais um pretendente a final feliz para Anely.
“Ela já conquistou o público e o elenco já está afiado, entrosado. Então, é sempre um desafio pisar em uma engrenagem que está funcionando muito bem”, analisa. Mas o reencontro com Tatá e Rainer Cadete, que dá vida ao italiano Luigi, também apaixonado por Anely, foi ainda melhor que o esperado.
“Fui muito bem acolhido por todos e muito bem recebido pela Tata e pelo Rainer, com quem contraceno muito. Já trabalhamos em ‘Amor à Vida’, mas nunca no mesmo núcleo”, conta Daniel, que repete a parceria com outro colega em “Terra e Paixão”.
“A direção também está sendo muito importante nesse processo. O Felipe Herzog, diretor com quem trabalhei em ‘Totalmente Demais’, é extremamente atencioso e cuidadoso, assim como o Luiz Henrique Rios”, diz. “Terra e Paixão” – Globo – Segunda a sábado, na faixa das 21h.
Confiança depositada
O convite para integrar o elenco de “Terra e Paixão” veio, inicialmente, do produtor de elenco Fabio Zambroni. “Com seu olhar sensível e certeiro, ele acreditou em mim e viu que eu poderia, de alguma maneira, somar na novela”, fala, em tom de gratidão. Dali, seu nome foi submetido ao crivo do diretor artístico Luiz Henrique Rios, com quem Daniel já tinha trabalhado em “Totalmente Demais”, entre 2015 e 2016, e do próprio autor, Walcyr Carrasco, que também escreveu “Amor à Vida”, onde Daniel interpretou o médico Rogério. “Tudo deu certo”, afirma.
Foram quase sete anos afastado das novelas. A última havia sido “A Lei do Amor”, exibida pela Globo entre 2016 e 2017, na qual viveu o misterioso Gustavo, formando par romântico com Claudia Raia. Nesse intervalo, o ator mergulhou mais no mercado de séries, protagonizando “Irmãos Freitas”, do canal Space, onde encarnou o lutador de boxe Acelino Freitas, mais conhecido como Popó.
Na HBO, interpretou um dos papéis centrais da série de suspense e terror “Vale dos Esquecidos”, dirigida por Daniel Lieff. “Neste ano, estreiam mais duas séries: ‘Desejos S. A.’ (Star+) e ‘Luz’ (Netflix)”, adianta.
Instantâneas #
foto/ divulgação

# Daniel tem 33 anos e é filho de um dentista e de uma administradora.
# Sua estreia na tevê foi em 2010, quando fez uma participação em um dos episódios do seriado “A Vida Alheia”, criado e escrito por Miguel Falabella.
# O sucesso veio já em sua primeira novela, “Avenida Brasil”, se destacando como o jogador de futebol Roni. Seu personagem teve muitas cenas com Isis Valverde, que dava vida à sensual Suelen, a musa periguete do Divino, clube em que Roni jogava.
# O ator também fez participações nas séries “Spectros”, da Netflix, e “Cidade Proibida”, da Globo