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Caderno B Sexta-feira, 29 de Julho de 2022, 09:05 - A | A

29 de Julho de 2022, 09h:05 - A | A

Caderno B / Cinco Perguntas

Nos mínimos detalhes

Diretor de “Filhas de Eva”, Leonardo Nogueira elogia elenco e comemora repercussão na tevê aberta



POR GERALDO BESSA
TV PRESS

As novelas foram a grande escola de Leonardo Nogueira. Diretor dos mais prolíficos da Globo, ele por muito tempo acabava os trabalhos de um folhetim já conceituando o seguinte. Até que, ao final de “O Tempo Não Para”, em 2019, se deparou com o projeto de “Filhas de Eva”, minissérie de Martha Mendonça e Nelito Fernandes. Aprovada internamente, a obra se mostrou o respiro que o diretor precisava depois de tantos trabalhos de longa duração. Com tempo para desenvolver suas ideias e um bom elenco disponível, Nogueira utilizou a série como sua carta de intenções artísticas para futuros trabalhos. “Buscamos uma linguagem contemporânea, com enquadramentos simples, geométricos e mais contemplativos. Não tem aquela necessidade do corte o tempo inteiro. Optamos por deixar os atores como os principais elementos na composição dos quadros”, detalha.
Formado em Publicidade, Nogueira estreou na Globo como assistente de direção de “Torre de Babel”, de 1998. Ao longo dos anos, atuou na equipe de direção de diretores como Ricardo Waddington e Jayme Monjardim. A primeira direção geral, entretanto, só chegou em 2010, para assumir uma temporada de “Malhação”. Aos poucos, seu nome foi se tornando cada vez mais forte na Globo, que o escalou pela primeira vez como diretor artístico de novelas tradicionais em “Sol Nascente”, de 2016. “Depois de tantos anos dedicados à tevê, cheguei no posto muito seguro do que eu queria e cercado de amigos. A tevê é um lugar de encontros. Por isso, é tão importante ouvir todo mundo e criar um bom ambiente de trabalho”, avalia o diretor que, desde 2009, é casado com uma das maiores estrelas da casa: Giovanna Antonelli. “A gente se dá bem nos estúdios e em casa. Ela é uma excelente parceira de trabalho”, garante.

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P – As gravações de “Filhas de Eva” terminaram no início de 2020 e só agora a minissérie ganha a tevê aberta. Como você avalia essa demora da Globo em apresentar a série a um público maior?

R – São decisões da emissora. Tivemos uma belíssima experiência em ter o Globoplay como primeira janela de exibição, estreamos no dia internacional das mulheres do ano passado e a resposta foi muito positiva. Ter novamente essa história conquistando um público muito maior foi, de fato, inesperado. E mostrou que a Globo escolheu o momento certo para a exibição na tevê aberta.

 

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P – Qual sua principal lembrança dos bastidores?
R – Sempre que penso neste trabalho lembro do momento especial que estava o quarteto principal de atrizes. As tramas são muito particulares a cada uma dessas mulheres. Renata (Sorrah), Giovana (Antonelli), Vanessa (Giácomo) e Débora (Osório) estavam especialmente inspiradas neste projeto e rolou uma ótima “liga” entre as quatro. Quando olhava as personagens juntas, pensava: “quero ser amigo delas, percebo uma forte conexão entre elas”.

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P – Essa sintonia facilitou a direção de elenco?

R – Com certeza. A gente estava muito afinado e tivemos tempo de usar tudo isso a nosso favor. As cenas foram acontecendo de forma muito orgânica. Elas estavam tão à vontade nos papéis que a interpretação deu lugar à narrativa, com elas conduzindo a história e, ao mesmo tempo, trazendo ideias. Um trabalho muito autoral das intérpretes.

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P – Você e a Giovanna estão casados desde 2009. Como é levar a parceria de vocês dois para o ambiente de trabalho?

R – É muito natural. Já a dirigi em trabalhos como “Viver a Vida”, “Em Família” e “Sol Nascente”. É sempre uma experiência muito boa e divertida. Além de ser um fenômeno como atriz, a gente ainda conseguiu alinhar bem as agendas em casa. As crianças ficaram super felizes (risos).

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P – “Filhas de Eva” mostra um lado menos explorado da cidade do Rio de Janeiro. Como foi a escolha das locações?

R - Optamos por rodar em locações de bairros como Grajaú, Lapa, Centro, Glória, Catete, Flamengo, além da Lagoa. A ideia era revisitar uma parte da cidade que o público não está tão acostumado a ver nas telas. Apesar disso, são cenários que o carioca está habituado a percorrer em sua rotina, mas não nos projetos audiovisuais. A gente concentrou as filmagens em algumas áreas do Rio antigo para ambientar a nossa série e essas três histórias que se cruzam, fugindo um pouco de pontos turísticos, para não ter muita distração.

“Filhas de Eva” – Na Globo, às terças e quintas, 22h30. No Globoplay, com todos os episódios disponíveis.

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