Quarta-feira, 08 de Outubro de 2025

Opinião Domingo, 05 de Outubro de 2025, 10:16 - A | A

05 de Outubro de 2025, 10h:16 - A | A

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A Importância da Inclusão de Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho

O medo de não ser aceito ou de permanecer em um mesmo cargo por anos não deve impedir ninguém de acreditar em seu potencial



Em 2013, aos 19 anos, vivi um dos momentos mais difíceis da minha vida, perdi a visão do olho esquerdo, ficando com cegueira ocular. Naquele momento, parecia que o meu mundo havia acabado. Pedi meu desligamento da empresa em que atuava como Auxiliar Administrativo e me afastei para tentar me recuperar da fatalidade que havia acontecido. Foi um período de superação, dor e, ao mesmo tempo, de redescoberta. Algum tempo depois, descobri que o Hospital Santa Helena estava contratando pessoas com deficiência.

Essa oportunidade foi um marco em minha vida, pois me mostrou, na prática, a importância da inclusão social e da diversidade. Foi a partir dali que encontrei forças para recomeçar e mostrar meu valor. A inclusão de pessoas com deficiência (PCD) no mercado de trabalho vai além de uma exigência legal. É um compromisso com a valorização da diversidade, da inovação e do potencial humano. Cada profissional traz consigo uma história única, feita de aprendizados, desafios e conquistas que contribuem para o crescimento das organizações.

A minha trajetória é um exemplo de que a dedicação, a capacitação e a busca pelo crescimento fazem a diferença. Em 07 de junho de 2014 iniciei minha jornada profissional como Recepcionista Júnior. Foram três meses de muito aprendizado até ser promovido a Secretário de Posto, onde permaneci por quase um ano. Logo em seguida, recebi o convite da Gerência de Enfermagem para atuar como Secretário da Coordenação de Enfermagem, função que desempenhei por seis anos e que ampliou meu olhar sobre gestão e pessoas.

 O que desejo destacar com esse relato é que ser PCD não é uma limitação

Nesse período, iniciei a faculdade de Recursos Humanos, me formei e conquistei duas MBAs: uma em Liderança e Coaching e outra em Desenvolvimento Humano nas Organizações. Após essa preparação, assumi meu cargo atual como Analista de Recursos Humanos e Gestão de Pessoas, área em que posso contribuir diariamente com a valorização profissional, treinamentos, integração e desenvolvimento dos colaboradores. Sempre acreditei que o conhecimento é um dos principais caminhos para evoluir.

Por isso, iniciei também o curso técnico de Segurança do Trabalho e, em maio de 2025, participei de um congresso em São Paulo, buscando novas práticas para aplicar no dia a dia e fortalecer ainda mais nossa equipe. O que desejo destacar com esse relato é que ser PCD não é uma limitação. O medo de não ser aceito ou de permanecer em um mesmo cargo por anos não deve impedir ninguém de acreditar em seu potencial. É possível crescer, evoluir e conquistar novas oportunidades.

Eu mesmo sigo em busca de crescimento dentro da empresa, sempre disposto a aprender, assumir novos desafios e agregar valor em cada função que exerço. Incluir pessoas com deficiência é reconhecer talentos que podem transformar realidades. Para nós, profissionais de RH e Gestão de Pessoas, essa missão deve ser conduzida com respeito, responsabilidade e humanidade, pois quando a inclusão é real, todos crescem juntos.

Analista de Recursos Humanos do Hospital Beneficente Santa Helena, Wigor Marques

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Lindomar Rosa de Oliveira 07/10/2025

Eu Lindomar Rosa de Oliveira sou PCD e acredito que a inclusão de pessoas com deficiência (PCD) no mercado de trabalho é um imperativo ético e social, promovendo justiça e igualdade de oportunidades e também um beneficio econômico e estratégico para as empresas. A diversidade de perspectivas e habilidades das PCD impulsiona a inovação e a criatividade, melhora a imagem corporativa e o clima organizacional. além disso, o cumprimento da Lei de Cotas (Lei nº 8.213/91 e Lei Brasileira de Inclusão) é uma obrigação legal, evitado multas e sancionando a responsabilidade social da empresa. E digo que a afirmação de que o medo não deve impedir a crença no próprio potencial de um PCD é verdade, pois a autoconfiança e a recusa em aceitar a limitações alheias são cruciais para superar barreiras, buscar a realização pessoal e desfrutar de uma vida feliz e bem-sucedida, mesmo diante de julgamento e oportunidade externas, de algumas pessoas da sociedade e para terminar eu me considero um PDC, e estou no mercado de trabalho a 27 anos trabalhando e vivendo como posso. e gosto do que eu faço e me sinto muito bem...

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