Em 2013, aos 19 anos, vivi um dos momentos mais difíceis da minha vida, perdi a visão do olho esquerdo, ficando com cegueira ocular. Naquele momento, parecia que o meu mundo havia acabado. Pedi meu desligamento da empresa em que atuava como Auxiliar Administrativo e me afastei para tentar me recuperar da fatalidade que havia acontecido. Foi um período de superação, dor e, ao mesmo tempo, de redescoberta. Algum tempo depois, descobri que o Hospital Santa Helena estava contratando pessoas com deficiência.
Essa oportunidade foi um marco em minha vida, pois me mostrou, na prática, a importância da inclusão social e da diversidade. Foi a partir dali que encontrei forças para recomeçar e mostrar meu valor. A inclusão de pessoas com deficiência (PCD) no mercado de trabalho vai além de uma exigência legal. É um compromisso com a valorização da diversidade, da inovação e do potencial humano. Cada profissional traz consigo uma história única, feita de aprendizados, desafios e conquistas que contribuem para o crescimento das organizações.
A minha trajetória é um exemplo de que a dedicação, a capacitação e a busca pelo crescimento fazem a diferença. Em 07 de junho de 2014 iniciei minha jornada profissional como Recepcionista Júnior. Foram três meses de muito aprendizado até ser promovido a Secretário de Posto, onde permaneci por quase um ano. Logo em seguida, recebi o convite da Gerência de Enfermagem para atuar como Secretário da Coordenação de Enfermagem, função que desempenhei por seis anos e que ampliou meu olhar sobre gestão e pessoas.
O que desejo destacar com esse relato é que ser PCD não é uma limitação
Nesse período, iniciei a faculdade de Recursos Humanos, me formei e conquistei duas MBAs: uma em Liderança e Coaching e outra em Desenvolvimento Humano nas Organizações. Após essa preparação, assumi meu cargo atual como Analista de Recursos Humanos e Gestão de Pessoas, área em que posso contribuir diariamente com a valorização profissional, treinamentos, integração e desenvolvimento dos colaboradores. Sempre acreditei que o conhecimento é um dos principais caminhos para evoluir.
Por isso, iniciei também o curso técnico de Segurança do Trabalho e, em maio de 2025, participei de um congresso em São Paulo, buscando novas práticas para aplicar no dia a dia e fortalecer ainda mais nossa equipe. O que desejo destacar com esse relato é que ser PCD não é uma limitação. O medo de não ser aceito ou de permanecer em um mesmo cargo por anos não deve impedir ninguém de acreditar em seu potencial. É possível crescer, evoluir e conquistar novas oportunidades.
Eu mesmo sigo em busca de crescimento dentro da empresa, sempre disposto a aprender, assumir novos desafios e agregar valor em cada função que exerço. Incluir pessoas com deficiência é reconhecer talentos que podem transformar realidades. Para nós, profissionais de RH e Gestão de Pessoas, essa missão deve ser conduzida com respeito, responsabilidade e humanidade, pois quando a inclusão é real, todos crescem juntos.
Analista de Recursos Humanos do Hospital Beneficente Santa Helena, Wigor Marques
Lindomar Rosa de Oliveira 07/10/2025
Eu Lindomar Rosa de Oliveira sou PCD e acredito que a inclusão de pessoas com deficiência (PCD) no mercado de trabalho é um imperativo ético e social, promovendo justiça e igualdade de oportunidades e também um beneficio econômico e estratégico para as empresas. A diversidade de perspectivas e habilidades das PCD impulsiona a inovação e a criatividade, melhora a imagem corporativa e o clima organizacional. além disso, o cumprimento da Lei de Cotas (Lei nº 8.213/91 e Lei Brasileira de Inclusão) é uma obrigação legal, evitado multas e sancionando a responsabilidade social da empresa. E digo que a afirmação de que o medo não deve impedir a crença no próprio potencial de um PCD é verdade, pois a autoconfiança e a recusa em aceitar a limitações alheias são cruciais para superar barreiras, buscar a realização pessoal e desfrutar de uma vida feliz e bem-sucedida, mesmo diante de julgamento e oportunidade externas, de algumas pessoas da sociedade e para terminar eu me considero um PDC, e estou no mercado de trabalho a 27 anos trabalhando e vivendo como posso. e gosto do que eu faço e me sinto muito bem...
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