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Política Segunda-feira, 17 de Outubro de 2022, 08:01 - A | A

17 de Outubro de 2022, 08h:01 - A | A

Política / Orçamento Secreto

Governador diz que é bom para estados e municípios, mas muito ruim para o Brasil

Confesso a você que isso é bom para os estados, para os municípios, chega muito dinheiro trazido pelas emendas dos parlamentares



Olhar Direto

O governador Mauro Mendes (UNIÃO) avaliou que o estado de Mato Grosso está satisfeito com o recebimento de recursos do Governo Federal, mas não com a forma como isso tem sido feito. Mendes argumentou que o chamado “Orçamento Secreto” é bom para estados e municípios, mas “muito ruim” para o país, porque o dinheiro chega de forma pulverizada.
“O governo federal está com uma metodologia, criada pelo Congresso, de repassar muitos recursos direto, por emendas parlamentares, o orçamento secreto, eu confesso a você que isso é bom para os estados, para os municípios, chega muito dinheiro trazido pelas mãos dessas emendas, dos parlamentares, mas acho que isso é muito ruim para o país porque há uma pulverização desse recurso em pequenos projetos, e os grandes projetos estratégicos não foram acontecendo”, argumentou o governador em entrevista ao Metrópoles.
O “orçamento secreto”, ou “emendas do relator”, refere-se a uma forma de distribuição de dinheiro para estados e municípios em que não é revelada a autoria do recurso. Ou seja, os parlamentares enviam recursos para suas bases eleitorais, mas quem assina é o relator da totalidade. Para 2023, o projeto de orçamento prevê R$ 19,4 bilhões para emendas parlamentares do relator.

As emendas de bancada foram fragmentadas”, lamentou Mauro na entrevista. “Antes, poderia se dividir em dois projetos, agora pegaram a emenda de bancada e fizeram um fatiamento entre todos os parlamentares, fazendo com que cada um tenha um pedacinho disso, e isso passa a ser pulverizado”.

Para 2023, o projeto de orçamento prevê R$ 19,4 bilhões para emendas parlamentares do relator


Segundo o governador, com essa mudança são possíveis várias pequenas ações, mas não as obras estruturantes. “Estou satisfeito sim com a vinda dos recursos, mas a forma com que isso está acontecendo eu acredito que não é a melhor forma para o Brasil, os estados, os municípios enfrentarem os problemas estruturantes, porque eles só poderão ser enfrentados se houver uma concentração de recursos, o que o modelo atual não está permitindo”, concluiu.

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