Jornal Mato Grosso do Norte
osé Vieira do Nascimento
Editor de Mato Grosso do Norte
Mesmo tendo elegido a maioria para a Câmara Municipal, o vereador Manoel de Moura Nunes, o Netinho (PDT), acredita que não será tarefa fácil a oposição eleger o próximo presidente da Câmara Municipal de Paranaíta.
O grupo, que elegeu 5 vereadores contra 4 da coligação do prefeito, tem como candidatos à presidência, o próprio Netinho e o vereador Rusdaell Barbosa (PMDB).
“Conversamos os 5 vereadores e a tendência é que faremos a presidência, pois temos os votos suficientes. O grupo está junto, mas nunca em Paranaíta, um prefeito deixou de fazer a mesa. É normal o prefeito querer um presidente de seu lado. Por isso, acho que o prefeito Tony Rufatto vai partir pra cima e interferir, sim, no processo. Aqui em Paranaita os prefeitos sempre colocaram quem quiseram na presidência”, observa Netinho.
Para Netinho, que será empossado para o quinto mandato consecutivos, a prova de fogo para o grupo de oposição é se manter unido e suportar as investidas do prefeito durante as negociações visando a eleição da mesa. “Temos 5 votos, mas não podemos dizer que está ganho. Não será fácil, mas a ideia é manter o grupo unido”, disse.
O pedetista, entretanto, disse que só será candidato a presidente se for um consenso de todos os 5 vereadores. “Não vou brigar para ser presidente. O Rusdaell se mostrou mais interessado e não serei obstáculo para o projeto dele. Mas não fujo da raia. Se os demais vereadores falar que eu tenho que ser, o serei”, enfatiza.
Netinho criticou a gestão do atual presidente da Câmara de Paranaíta, vereador Birobiro (PSDB), que, segundo ele, não é preparado para administrar o poder Legislativo. Por isso, ele avalia que a Câmara tem que mudar a sua forma de atuação.
“Não estou dizendo que ele roubou e nem que fez falcatruas. Mas para ser um bom presidente, não basta apenas isto. Tem que ter diálogo, harmonia, respeito com os vereadores e funcionários, e sobretudo organização. O presidente tem que chamar para si a responsabilidade e fazer as coisas acontecerem. E não apenas fazer o que o prefeito quer, pois a Câmara tem que ser independente e ter soberania”, assevera Netinho.
O parlamentar relembra que quando foi presidente e construiu e mobiliou a sede própria da Câmara, o repasse do poder Legislativo era no valor de R$ 40 mil por mês. Atualmente, de acordo com ele, a Câmara recebeu um repasse de duodécimo de R$ 198 mil por mês.
“Ele poderia ter feito muito mais. Mas faltou gestão e capacidade administrativa, habilidades que o presidente atual não tem. Por isso, a Câmara tem que mudar”, enfatiza o vereador.
