A magistrada ainda tentou dar seguimento às audiências marcadas para hoje, questionando Riva se as acusações contra ele são verdadeiras, mas o ex-parlamentar alegou que a labirintite atrapalha seu raciocínio.
"Queria falar, mas nao consigo raciocinar. Estou doente e a complexidade da minha doença é alta", disse Riva.
Riva ainda disse que poderia apresentar um novo atestado, mas como a juíza Selma questionou sua ausência na última audiência, preferiu comparecer. O advogado que acompanhou o ex-deputado à audiência reforçou o pedido do parlamentar.
“O meu cliente não está em condições hoje. Ele se apresentou, mas não tem condições. São nove ações complexas. É impossível alguém prestar depoimento de ampla defesa à altura neste processo. Ele não se opõe a falar, mas não tem condições”, disse o advogado George Andrade Alves.
Diante dos fatos, a magistrada decidiu dar mais dez dias para que Riva se recupere de seus problemas de saúde.
Nesta quinta-feira o ex-deputado iria depor sobre sua participação nos crimes investigados pela Polícia Federal na "Operação Arca de Noé", que apura o desvio de cerca de R$ 100 milhões da Assembleia Legislativa entre o anos de 2000 e 2002.
Conforme a denúncia, Riva e e o ex-deputado Humberto Bosaipo (também ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado) autorizaram emisssões de cheques da Casa de leis para empresas fantasmas. Esses pagamentos foram depois descontados na factoring do ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro, já condenado e preso por envolvimento com a máfia dos caça-níqueis.(Por: GABRIEL SOARES / MAX AGUIAR)