Carlos Celestino
Secom-MT
Mato Grosso ainda continua registrando um elevado número de novos casos do novo coronavírus. Os números elevados da doença preocupam o secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, que tem orientado e reforçado à população sobre as medidas de proteção para evitar o contágio e a propagação do vírus.
“Existe uma parcela da sociedade que ainda acha que isso não vai chegar, que não temos epidemia no Estado. Os números da doença não param de subir, é preciso que as pessoas sigam nossas recomendações, fiquem em isolamento social, façam constantemente higienização das mãos, evitem aglomerações, saiam de casa somente quando for necessário e usem adequadamente a máscara para se proteger”, explicou Figueiredo.
O rápido crescimento no número de casos também está relacionado ao comportamento da sociedade e ao retorno de parte das atividades econômicas no Estado, com a reabertura de estabelecimentos de diversos segmentos.
Outra preocupação é com o colapso na rede pública de saúde. O secretário alertou sobre a falta de leitos Unidade de Terapia Intensiva (UTIs), pois atualmente a rede registra 75% de taxa de ocupação, ou seja, podem faltar leitos para internação de novos pacientes. “Em média, crescemos 5% ao dia, em poucas semanas estamos quase exaurindo os leitos de UTI. Não haverá leitos suficientes de UTI para atender a todos”, disse o secretário.
O gestor destacou que a melhor forma de prevenção para evitar o contágio é o isolamento social que diminui o contato entre pessoas. É isso que vai reduzir a propagação do vírus e o crescimento de novos casos em Mato Grosso.
"Pode acontecer de hoje mesmo não termos nenhum leito mais à disposição no Hospital Metropolitano ou nos de Cuiabá, porque não para de chegar gente infectada. E mesmo assim, tem gente fazendo festa, andando na rua, visitando amigos. Estamos em uma situação muito ruim. Se você quer correr o risco, você será um paciente que não vai ter respirador a seu favor. Daqui a pouco, só teremos leitos de enfermaria e com pacientes morrendo sem respiradores. Não temos UTI e nem respiradores para todo mundo", concluiu o gestor.