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Política Quarta-feira, 28 de Setembro de 2016, 00:00 - A | A

28 de Setembro de 2016, 00h:00 - A | A

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Silval leva R$ 10 milhões em esquema de desapropriação



PJC-MT 

 

A 4ª fase da Operação Sodoma, que investiga crimes de corrupção praticados contra uma organização criminosa no Estado de Mato Grosso, foi deflagrada na segunda-feira.

O ex-presidente do Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat) e delator da 4ª fase da Operação Sodoma, Afonso Dalberto, deu detalhes à Polícia Civil de como foi a articulação para concretizar o suposto esquema que teria desviado pelo menos R$ 15,8 milhões dos cofres do Estado.

 

Segundo ele, que também é delator da Operação Seven, as tratativas sobre a desapropriação de uma área do bairro Jardim Liberdade, em Cuiabá, no valor de R$ 31,7 milhões, à empresa Santorini Empreendimentos Imobiliários, foi definida no início de 2014.

 

Conforme Afonso Dalberto, em março de 2014 foi convidado por Silval Barbosa para participar de um almoço no gabinete do Governador, ao qual também compareceram Francisco Lima, Pedro Nadaf e Arnaldo Alves, quando Silval determinou que Chico Lima e Afonso se reunissem para arquitetar o esquema que resultaria no desvio de dinheiro público de mais de R$ 15 milhões”.

 

O delator afirmou que, posteriormente, se reuniu com Silval e disse que o Intermat não teria dinheiro para pagar a desapropriação, ocasião em que o então governador teria dito: "não se preocupe que isso eu resolvo".

 

Conforme a Polícia, dos R$ 31,7 milhões pagos pela desapropriação, metade (R$ 15,8 milhões) voltou à organização criminosa.

 

Ficou  comprovado na investigação que participaram dessa fraude além de Silval Barbosa,  as pessoas de Pedro Jamil Nadaf (ex-secretario chefe da Casa Civil), Francisco Gomes de Andrade Lima Filho (procurador de Estado aposentado), Marcel de Cursi (ex-secretario de fazenda), Arnaldo Alves De Souza Neto (ex-secretario de planejamento), Afonso Dalberto (ex-presidente do INTERMAT), além do proprietário do imóvel Antonio Rodrigues Carvalho, seu advogado Levi Machado, o operador financeiro do grupo criminoso Filinto Muller e os empresários Valdir Piran e Valdir Piran Junior, pai e filho.

De todo o valor pago pelo Estado pela desapropriação,  o correspondente a 50%, ou seja, R$ 15.857.000,00 retornaram  via empresa SF Assessoria e Organização de Eventos.

De acordo com a investigação, a maior parte do dinheiro desviado no montante de dez milhões de reais  pertencia ao chefe Silval Barbosa, ao passo que o remanescente foi dividido entre os demais participantes, no caso os ex-secretários, Pedro Nadaf, Marcel De Cursi (ex-secretário de fazenda), Arnaldo Alves de Souza Neto (ex-secretário de Planejamento), Afonso Dalberto e o procurador aposentado Chico Lima.

O ex-secretário de Fazenda,  Marcel de Cursi, levou  R$ 750 mil - a parte que lhe cabia no esquema, acrescentou mais R$ 250 mil ao valor e o repassou a João Justino, ex-presidente da Metamat, para que fosse providenciado a compra de 10 kg em barras de ouro.

 

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