por Caroline Borges
TV Press
A intensidade definiu o trabalho de Paloma Bernardi durante “Apocalipse”, novela da Record que voltou ao ar em edição especial por conta das medidas de isolamento social. Ao longo dos capítulos da trama escrita por Vivian de Oliveira, a atriz viu a efusiva Isabela ir se transformando em uma mulher amargurada e triste ao viver em um relacionamento abusivo. “As cenas de agressão, que não são fáceis de fazer, demandam uma energia e uma potência de atuação muito alta. Lembro que o processo da personagem foi muito intenso de fazer, observar todas as mudanças que aos poucos ela foi sofrendo por estar em um relacionamento abusivo, perdendo o brilho da vida, a autoestima, o amor próprio”, relembra.
Na história, Isabela é irmã do protagonista Benjamin, papel de Igor Rickli. Ao conhecer Ricardo Montana, interpretado por Sergio Marone, a jovem fica completamente envolvida e dominada pelo Anticristo. Após o casamento, o vilão passa a maltratar, humilhar e agredir Isabela. Cega de amor, ela sofre com as inúmeras traições e acaba indo contra a luta do irmão e da mãe. “Fico feliz com a oportunidade de ver essa reprise. É bacana a gente rever nossos trabalhos e sentir de novo o retorno do público a respeito. Mesmo sendo uma novela com teor de ficção, foi um trabalho que me desafiou bastante ao tratar sobre o tema relacionamentos abusivos e violência doméstica foi importante. A personagem estava cega de amor e sofreu muito na mão do marido”, explica Paloma, que está ansiosa para rever a cena da morte de Isabela. “É uma sequência muito forte. A Isabela se suicida ao enfiar uma faca na barriga a pedido do marido e cai escada abaixo”, completa.
A trama de “Apocalipse” não é o único trabalho que Paloma confere no momento. A atriz também está no elenco da série “O Escolhido”, disponível na Netflix, em que vive a médica Lúcia Santeiro. Gravada no Tocantins, a produção narra a trajetória de três jovens médicos que viajam para uma aldeia no Pantanal para vacinar os moradores contra uma nova mutação do vírus Zika. Eles acabam presos nesta comunidade cheia de segredos e cujos moradores são devotos de um misterioso líder, que tem o dom de curar doenças de uma forma sobrenatural. “Foi a minha primeira série, primeira obra de suspense e primeira protagonista. Foi um trabalho muito rico e que trago aprendizados até hoje. Ficamos seis meses no Tocantins e foi incrível o contato com a natureza. O alcance do ‘streaming’ é gigantesco. Recebo mensagens de todos os cantos do mundo”, valoriza.
Aos 35 anos, Paloma sempre foi bastante caseira. Por isso mesmo, as medidas de isolamento social não chegaram a ser um problema para a atriz. Porém, o incerto e triste cenário atual provocado pelo novo coronavírus mexeu com seu emocional. Para enfrentar esse período, ela tem contado com a ajuda de parentes e amigos próximos. “Esse momento de pandemia deixa a gente mais ansiosa e preocupada. Tenho tentado me manter ativa artisticamente, porque a arte me acalma. Então, tenho feito algumas aulas de interpretação online, feito alguns ensaios fotográficos online, assistido a filmes e séries. No dia a dia, eu também medito bastante e faço exercícios físicos. A quarentena tem sido também um momento de autoconhecimento e solidariedade para mim”, aponta.
“Apocalipse” - Record - de segunda a sexta, às 20h45.
“O Escolhido” – Episódios disponíveis para os assinantes da Netflix.