POR CAROLINE BORGES
TV PRESS
Rodrigo Fagundes deixou sua imaginação viajar durante a fase de pré-produção de “Cara e Coragem”, da Globo. Ao receber as primeiras informações sobre seu personagem, o ator começou a coletar uma série de referências para compor o malandro Armandinho. E ele foi bem longe em suas pesquisas, que contavam com inspirações no visual de galãs, como Brad Pitt e Chris Hemsworth. “Pensava que ia ficar louro, usaria roupas apertadinhas, estava malhando... Perdi cerca de 20 quilos”, relembra. No entanto, ao se encontrar com a diretora Natália Grimberg, Rodrigo percebeu que a equipe da novela iria por um caminho diferente. Com bigode, cabelos longos e roupas extravagantes, o ator finalmente encontrou a trajetória definitiva para encarar Armadinho diante das câmeras. “A Natália deu a ideia de um bigode. Vou ser sincero que nem sabia que tinha bigode (risos). No primeiro teste de caracterização achei que ficou meio artificial. Não uso relógio, anel, cordão... nada disso. Esse figuro extravagante e com camisa aberta me pegou de surpresa, mas me ajudou muito a encontrar o Armandinho. Tirei tudo o que eu estava imaginando e encarei esse papel em uma temperatura muito diferente da minha”, explica.
Dono da Êxito Dublês, Armandinho é um sujeito carismático e malandro. Mantém uma rixa pessoal com Moa e Pat, vividos por Marcelo Serrado e Paolla Oliveira, seus ex-funcionários, quando estes se tornam seus rivais disputando o mercado de dublês com a Coragem.com. No entanto, seu principal problema são as três ex-esposas, com quem tem atritos e recaídas ao longo da história. “Desde o início, eu entendi que o Armandinho tem uma autoestima delirante. Em tudo ele acha que é bom, o melhor, tira onda... Mas ele não é mau-caráter. Faz algumas coisas duvidosas. Não questiono muito o personagem, mas estou amando fazer”, ressalta.
A trama de “Cara e Coragem” reforça a parceria entre Rodrigo e a autora Claudia Souto. Os dois já haviam trabalhado juntos no extinto “Zorra Total”, em que o ator integrou o elenco entre os anos de 2005 e 2014. Conhecido das produções de humor, ele já alimentava o desejo de debutar em uma novela há algum tempo. A estreia veio em “Pega-Pega”, que também contou com assinatura de Claudia. “Ela é uma parceira de vida. Sempre acompanhou meu trabalho no teatro também. A Claudia, além de uma autora maravilhosa, é uma amiga para vida. Ela sempre acreditou em mim e dava coisas para fazer que eu nem sabia que poderia. Sempre fui muito noveleiro e torcia para fazer novela. Sabia que uma hora eu ia fazer, agora estou fazendo”, vibra.
Ainda durante o período que participou do “Zorra Total”, Rodrigo começou a ter contato com o universo dos dublês. Durante muitas gravações, ele realizava sequências com a ajuda dos profissionais. “A gente fazia muita cena pendurado naqueles cabos, sabe? Então, conheci e conversei muito com a equipe de dublês da Globo naquela época”, relembra o ator, que celebra o retorno aos estúdios após quase dois anos de pandemia. “Estávamos com saudades de tudo isso. Ver nossos colegas de novo, acho que tudo isso deixou a gente com mais garra”, completa.
“Cara e Coragem” – De segunda a sábado, às 19h30, na Globo.