Sábado, 26 de Julho de 2025

Caderno B Sexta-feira, 25 de Julho de 2025, 09:34 - A | A

25 de Julho de 2025, 09h:34 - A | A

Caderno B / CINCO PERGUNTAS

Cozinha com essência

Helena Rizzo fala sobre nova fase do “MasterChef Brasil” e defende espontaneidade da gastronomia real



por Márcio Maio TV Press           

      Acostumada ao ambiente intenso do “MasterChef Brasil”, Helena Rizzo encara com tranquilidade os novos desafios da 12ª temporada do talent-show culinário da Band. Agora sem a presença da apresentadora Ana Paula Padrão, que deixou o programa e a emissora no ano passado, a chef divide com os colegas Henrique Fogaça e Erick Jacquin a tarefa de também conduzir a apresentação da disputa.

O que a gente mais sente falta é da Ana amiga, daquela pessoa presente. Eu entrei no ‘MasterChef’ com ela aqui e foi alguém que me deu muita força. Mas, quanto à dinâmica, a gente tem muito assunto para falar. Antes, muitas vezes, a gente acabava não falando. Então, abre outro espaço”, explica.          

       A atual edição da competição aposta ainda mais na valorização da cultura brasileira e das raízes gastronômicas do país. Para Helena, a ausência de um apresentador fixo também parece, involuntariamente, ter trazido mais naturalidade e foco no que realmente importa no “MasterChef Brasil”: a cozinha.

Está sendo legal a gente ter esse espaço também entre os três, sem nenhum peso de ter de ser apresentador, de ter de entrar em um lugar mais jornalístico. Somos cozinheiros”, destaca.

P – Como tem sido a rotina de vocês sem a Ana Paula Padrão?

R – A gente teve de se inteirar muito mais a respeito do roteiro e se envolver com as dinâmicas das provas, porque antes sabíamos sobre o que ia ser cada uma, mas a gente não se inteirava muito sobre regras. E isso está legal, o fato de estarmos mais atentos aqui faz com que a gente preste mais atenção nos participantes também. Não temos um conhecimento prévio da vida de cada pessoa, então vamos as conhecendo, investigando ao longo do programa.

Eu acho que o conhecimento de cozinha é um negócio que vai se multiplicando

P – Isso muda alguma coisa na hora de julgá-los?

R – Obviamente, no momento em que experimentamos os pratos, o que vamos avaliar, o nosso foco está na comida. A gente esquece a pessoa e vai na comida para manter a imparcialidade. Eu estou gostando bastante dessa nova fase. Mas eu sou suspeita, eu gosto muito de fazer o “MasterChef”. É uma troca de chip na vida, porque é um lugar diferente. Estamos sempre na cozinha, na coisa do fazer, mas aqui vira mais mental mesmo. Dá para a gente se inteirar mais nos temas e aprender muito com eles.

P – Como você vê a evolução dos candidatos ao longo dos anos? Afinal, com tanto tempo de programa no ar, é natural que eles cheguem cada vez mais preparados, não?

R – Eu acho que o conhecimento de cozinha é um negócio que vai se multiplicando. Hoje, quem quer cozinhar tem muito acesso para fazer coisas incríveis. É algo que noto nos ambientes que frequento, de amigos mesmo. Pessoas completamente fora da área de cozinha, situações em que eu nem quero falar de cozinha, mas a galera traz o assunto e vai fazer uma comida. E cozinham bem para caramba! Tenho amigas e amigos que cozinham muito bem. Fico chocada! A galera que vem para cá também é assim. Cozinha muito bem em casa.

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P – Mas não é a mesma coisa...

R – Eles chegam aqui e é uma cozinha diferente. Tem a questão do tempo, de não saber o que vai cozinhar – e eles não sabem mesmo, eles não têm ideia! É muito difícil – até para a gente! Mas eu sinto que vem um instinto de sobrevivência neles que eles acessam, às vezes até de forma irracional. E vão se desenvolvendo, vão cozinhando cada vez melhor, é notável isso.

P – A gastronomia acaba ficando ligada a algumas questões ativistas, como as ligadas à causa animal. É difícil lidar com isso no programa?

R – A gente não levanta uma bandeira no “MasterChef”, acho que a gente traz questões. Temos provas com um vegetal como protagonista, por exemplo, ou pode ser uma confeitaria sem açúcar... Em questão às partes de animais, acho que é relevante a gente falar também sobre aproveitamento e enxergar o animal como um animal, e não só um pedacinho que já vem quadradinho no prato, à milanesa.

O “MasterChef”, como programa de cozinha, de culinária e de gastronomia, tem de abordar os assuntos e fazer perguntas porque é paradoxal mesmo esse mundo da cozinha, de como a gente se alimenta, de como a gente consome e tudo mais.  

MasterChef Brasil” – Band – Terças, às 22h30. Exibição também no Discovery Home & Health e na HBO Max, às sextas, às 19h.  

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