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Caderno B Sexta-feira, 21 de Agosto de 2020, 00:00 - A | A

21 de Agosto de 2020, 00h:00 - A | A

Caderno B /

PERFIL: Bagagem temporal



por Caroline Borges

TV Press

                Isabelle Drummond sempre agrega algum aprendizado com seus personagens. Crescendo diante dos olhos do público, a atriz teve a chance de experimentar de tudo um pouco na tevê, desde mocinhas, passando por vilãs até chegar em personagens cômicas. Porém, o trabalho em “Novo Mundo” gerou um toque de ineditismo em sua trajetória profissional. Para viver a decidida Anna Millman e encarar diversas cenas de luta, Isabelle enfrentou um longo período de preparação para o folhetim das seis, que incluíram desde aulas de espada a caligrafia. “Gosto de rever as cenas no barco e nossas lutas, pois foram muitas madrugadas gravando naquele barco. O barco é uma dessas lembranças com certeza. O elenco se uniu muito para todas aquelas lutas. Fizemos quase tudo, mas nos treinaram muito antes. Foi a melhor preparação de novela que já fiz”, valoriza Isabelle, que voltou ao ar na edição especial da novela.

                A trama de “Novo Mundo” faz um resgate do Brasil do início do Século XIX, entre 1817 e 1822. O enredo começa com a chegada da princesa Leopoldina, papel de Letícia Colin, ao Brasil para se casar com Dom Pedro, de Caio Castro. Anna Millman, personagem ficcional, faz parte da comitiva da princesa austríaca. A protagonista, inclusive, foi livremente inspirada na trajetória da escritora britânica Maria Graham. Inteligente, forte e culta, a jovem inglesa professora de português de Leopoldina se apaixona por Joaquim, de Chay Suede. Porém, para viver esse grande amor, ela precisa fugir das investidas do vilão Thomas, interpretado por Gabriel Braga Nunes. “A Anna é arte pura. Gostava de poesia, pintura e contemplava a natureza, obra de Deus. E, além disso, tirava uma lição de tudo o que vivia. Aprendi muito com ela”, ressalta.

                Com um pano de fundo histórico, a novela das seis reconta, com algumas licenças poéticas, parte da História do Brasil. A trama assinada por Thereza Falcão e Alessandro Marson, inclusive, ganhará uma continuação em “Nos Tempos do Imperador”, nova novela das seis, que tem estreia prevista para o ano que vem. Para Isabelle, a história vai além do entretenimento no vídeo. “Acho que o público recebe muito bem essa história. Estamos vivendo um momento difícil no país e no mundo. É bom falar sobre nossa cultura. Entender de novo o porquê de sermos quem somos”, pondera.

                Após três anos da exibição original do folhetim, Isabelle ainda mantém contato com boa parte do elenco. Ao longo das gravações, a atriz conheceu novos colegas de cena e estreitou laços profissionais com outros. “Foram muitos encontros lindos. Dhu Moraes, Rodrigo Simas, meu querido irmão, Leticia Colin, Chay Suede. Todos uns queridos, além dos diretores que adoro, Vinícius Coimbra, Bruno Safadi. Só tinha gente do bem na equipe”, elogia.

 

Novo Mundo” – Globo – De segunda a sábado, às 18h20.

 

Dona da história

Como protagonista do enredo, Isabelle Drummond sabia que a personagem Anna Millman tinha como função primordial conduzir a novela. Em “Novo Mundo”, no entanto, a atriz encontrou mais um trabalho para a mocinha da história de Thereza Falcão e Alessandro Marson. Anna também é responsável por narrar a história da independência do Brasil através de seu diário. “A personagem Anna Millman foi muito importante dramaticamente e seu diário, muito poético. É o olhar dela sobre toda essa história. Ela é muito forte. E a história do Brasil precisa ser contada. É lindo esse enredo”, explica.

De folga das novelas desde o fim de “Verão 90” no ano passado, a atriz valoriza a reprise de “Novo Mundo” em um momento de paralisação do setor cultural em virtude das medidas de isolamento social. “Apesar do momento difícil, a arte nos cura muito. Acho que, no que pudermos nos ajudar nesse momento, melhor. ‘Novo Mundo’ é uma novela especial”, defende.

Instantâneas

# Isabelle Drummond também desenvolve um lado de empreendedora. Em 2017, ela abriu uma empresa de “delivery” de comidas saudáveis chamada Levê Pocket.

# A atriz estreou na tevê como figurante em “Laços de Família”, quando tinha 6 anos, produção que ganhará uma reprise no “Vale a Pena Ver de Novo” a partir de setembro. Depois, assumiu o papel de Emília no “Sítio do Pica-pau Amarelo” por seis temporadas, de 2001 a 2006.

# Isabelle está escalada para o elenco de “O Selvagem da Ópera”, minissérie de Maria Adelaide Amaral.

# A atriz possui uma ONG chamada Casa 197, que ajuda comunidades carentes, dá apoio a outras entidades e organiza distribuição de refeições a pessoas em situação de rua.

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