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Caderno B Sexta-feira, 14 de Setembro de 2018, 00:00 - A | A

14 de Setembro de 2018, 00h:00 - A | A

Caderno B /

Poço de maldade



POR CAROLINE BORGES
TV PRESS

A televisão ocupa uma boa parte da carreira de Ricardo Tozzi. No ar desde 2005, quando estreou em “Bang Bang”, o ator foi se aprofundando e conhecendo cada vez mais sobre o meio em que atua. Ao longo dos anos, Tozzi pôde constatar a repercussão rápida e instantânea da tevê. O intérprete do vilão Xavier, de “Orgulho & Paixão”, sempre acreditou no papel didático de seus projetos. No texto da atual novela das seis, o ator encontrou conteúdos que iam além do entretenimento. “O papel de uma novela é informar e instruir. É cultura. Às vezes, as pessoas criticam muito as novelas falando que é uma camada superficial. Mas, para colocar um projeto desse porte no ar, há uma pesquisa gigantesca por trás. ‘Orgulho & Paixão’ mostra muito sobre a nossa origem e como nos encontramos hoje. É uma aula de história”, defende o ator, que se encantou com texto moderno do folhetim. “É uma novela que mostra a evolução da sociedade. Não se pode mais tolerar certos preconceitos ou rebaixar as mulheres, por exemplo. Sou um artista, uma pessoa mente aberta e não entendo como alguém pode ser julgar melhor do que outro”, completa.
Ambientado no início do século XX, o folhetim escrito por Marcos Bernstein aborda o período de ouro do café brasileiro. Na história, Xavier é dono de uma fazenda no fictício Vale do Café. Ambicioso e inescrupuloso, ele não se importa de explorar seus funcionários e faz de tudo para ser o único grande produtor da região, indo contra Darcy e Julieta, interpretados por Thiago Lacerda e Gabriela Duarte. Além disso, coleciona outros inimigos como o Coronel Brandão, de Malvino Salvador, com quem compete em corridas de moto clandestinas. “O Xavier quer estar sempre no topo e que nada o incomode. É um sujeito mau caráter mesmo. Explora funcionários e bate nas pessoas. Passa por cima de tudo e todos”, descreve.
A trama de “Orgulho & Paixão” é a segunda novela de época de Tozzi. Anteriormente, ele participou da inventiva “Bang Bang”. Ao longo do trabalho, o ator precisou se adaptar ao quente e pesado figurino de época, com três camadas de veludo. “É enlouquecedor. A gente acaba suando muito. Mas eu adoro fazer trabalho de época. Acho que é um projeto mais lúdico. Tenho um espírito de velho, sou meio à moda antiga. Gosto da calma de outros tempos”, valoriza.
Pouco habituado aos projetos de época, Tozzi não teve muito tempo para se ambientar e se familiarizar com o período retratado no folhetim. Durante a preparação de elenco, o ator estava em cartaz com a peça “Os Guardas do Taj” em Portugal. Por isso, foi liberado pela emissora dos “workshops” ao lado do elenco. “Eu já andava a cavalo e de moto. Então, cheguei direto para gravar. Foi um pouco estranho começar um trabalho sem a preparação prévia. Nunca tinha feito. É na preparação que você vai se inteirando e criando intimidade com o núcleo. Para o ator, é sempre bom ter esse entrosamento cênico”, aponta.

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