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Caderno B Sexta-feira, 08 de Fevereiro de 2019, 00:00 - A | A

08 de Fevereiro de 2019, 00h:00 - A | A

Caderno B /

Riso fácil



POR CAROLINE BORGES
TV PRESS

Danton Mello é um veterano da tevê. Há quase 35 anos no vídeo, o ator dificilmente é surpreendido em um novo trabalho. Porém, quando decidiu entrar para o elenco do “Tá no Ar: A TV na TV”, ele optou por assumir uma posição de novato. Começando sua incursão pela comédia, Danton foi, ao longo das últimas seis temporadas, aprendendo a lidar com o humor em cena e, principalmente, a ser menos perfeccionista com seu desempenho. “Aprendi a ter uma agilidade em cena. Gosto de construir meu personagem com antecedência, mas, no ‘Tá no Ar’, aprendi a construir na hora. Não adianta ficar dias estudando em casa e, quando chega para gravar, tudo muda. Sou chato e perfeccionista, mas aqui relaxei e vi que nem tudo vai sair certinho sempre”, explica ele, que também levou seu perfeccionismo para a última temporada da “Dança dos Famosos”, do “Domingão do Faustão”. “Eu ficava as duas horas do ensaio dançando direto. Não sentava. No primeiro dia, eu já queria pegar a coreografia toda. A professora falava para eu relaxar, mas eu alertava que só tinha mais quatro dias de ensaio”, completa.
Terminando de gravar a derradeira temporada do “Tá no Ar”, Danton acredita que o projeto esteja acabando no auge. Na nova leva de episódios, ele participa pela primeira vez de um dos clipes da produção. “Na terceira temporada, eu sinalizei que queria muito fazer um videoclipe e finalmente agora rolou. É um clipe polêmico, forte. Foi incrível participar de um programa que faz humor e crítica. Quando fui convidado, lembro de perguntar para o Maurício (Farias, diretor) se o programa tinha sido realmente aprovado e se ia ao ar (risos)”, afirma. Aos 43 anos e natural de Passos, interior de Minas Gerais, Danton é irmão do também ator e diretor Selton Mello. Nos últimos anos, a dupla tem amadurecido a ideia de atuarem juntos em cena. “A gente tem falado muito disso. Mas, como não aconteceu até agora, tem de ser algo muito especial. Espero que em breve aconteça esse encontro”, torce.
P – Ao longo das seis temporadas do “Tá no Ar”, o que foi mais complexo de se adaptar? 
R – O “Tá no Ar” foi uma escola diariamente. Aprendi fazendo. Mas, durante todos esses anos no programa, não consegui aprender a ter essa manha do improviso. Comédia é “timing”, tempo e ritmo. De uma certa forma, comédia é matemática. Não estou preparado para improvisar. Acho incrível essa rapidez de pensamento que os comediantes têm. Eu cumpro o texto e sigo a direção. Não sou comediante.
P – Como assim?
R – Um pouco antes do “Tá no Ar”, eu comecei a fazer comédia no cinema e no teatro, mas o programa, com certeza, marca essa minha fase mais cômica. Não sou comediante, sou um artista que abriu esse leque de poder andar entre o drama e a comédia. Quero continuar fazendo. Eu cresci trabalhando e observando os maiores atores desse país no drama e, agora, na comédia também. 
P – Recentemente, você participou da última temporada da “Dança dos Famosos”, do “Domingão do Faustão”, e chegou até à semifinal. Como foi essa experiência?
R – Eu cresci como artista. Desde o início, falei que não estava competindo. Era uma oportunidade para conhecer melhor o meu corpo. Valorizo muito o trabalho corporal e descobrir os limites do meu corpo. Infelizmente, não pude me dedicar como gostaria. Na época, eu estava fazendo os ensaios, o “Tá no Ar” e a minissérie da Hebe. Mas fiquei muito feliz com a repercussão. Quem sabe no futuro não surge uma oportunidade de fazer um musical ou algum trabalho com dança no teatro? Só preciso aprender a cantar, mas não vou participar do “Popstar”, não (risos).
P – Em 1998, você sofreu um grave acidente de helicóptero durante as gravações do “Globo Ecologia”, no Monte Roraima. Após 20 anos, você pensa em retornar ao local? 
R – Sim, claro. Na verdade, a gente estava se planejado para passar os 20 anos do acidente lá. Mas eu fiquei muito atribulado de projetos e não consegui. A ideia é visitar o local, ficar um tempo por lá e ver as trilhas. É um lugar muito importante da minha vida. 
P – Além da minissérie sobre a vida da apresentadora Hebe Camargo, você tem outros projetos profissionais engatilhados para depois do “Tá no Ar”?
R – Sim. Estou escalado para “Órfãos da Terra”, próxima novela das seis. Mais uma parceria com o Gustavo Fernandez. Rodei com ele o filme sobre a vida do médium Zé Arigó. É um cara muito talentoso e vai ser sua primeira direção artística dentro da emissora. Faço um personagem divertido, um delegado. Tem alguns toques de comédia. Acabo de gravar o “Tá no Ar” e a minissérie da Hebe no final de janeiro e, em fevereiro, já estou gravando a novela.

"Tá no Ar: A TV na TV" – Globo – Terça, às 23h20.

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