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Caderno B Sexta-feira, 25 de Novembro de 2022, 10:05 - A | A

25 de Novembro de 2022, 10h:05 - A | A

Caderno B / CINCO PERGUNTAS

Rumo próprio

Thiago Rodrigues exalta exibição de “Valor da Vida” no Brasil e fala do trabalho e da vida em Portugal



POR GERALDO BESSA
TV PRESS

 

Quando se mudou para Portugal, em 2018, Thiago Rodrigues estava disposto a passar uma temporada longe das novelas. Com 16 anos de Globo, onde viveu personagens de destaque em tramas como “Páginas da Vida” e “A Favorita”, o ator acreditava que precisava de um tempo longe dos estúdios para poder definir o próximo passo profissional. Porém, com seu currículo do Brasil e a “forcinha” de amigos além-mar, não demorou muito para que ele fosse convidado para viver seu primeiro papel em terras portuguesas, o Vasco de “Valor da Vida”, trama da TVI que, quatro anos depois da estreia, agora é exibida no Brasil pela Band. “Já estava morando lá, onde fui muito bem-recebido e me encantei com o projeto. Existe um diálogo interessante entre a teledramaturgia do Brasil e de Portugal. Aproveitei a oportunidade e foi uma escolha muito feliz”, garante.
Natural do Rio de Janeiro, Thiago tinha pouco mais de 20 anos quando conquistou o posto de mocinho da temporada 2009 de “Malhação”. A boa repercussão na pele do justo Bernardo acabou o levando ao posto de galã de tramas como “Tempos Modernos” e “Sete Vidas”. Sem contrato de exclusividade ou de prazo longo, nos últimos anos o ator vive em uma frutífera ponte-aérea Brasil-Portugal, onde participa de produções como “Amor Sem Igual”, da Record, ao mesmo tempo em que reafirma seu compromisso de viver e trabalhar do outro lado do Atlântico. “É um movimento muito legal. Adoro passar uns meses trabalhando e matando as saudades do Brasil e me sinto muito feliz com os personagens e oportunidades que tenho em Portugal, que é onde eu moro e me sinto em casa no momento”, avalia o ator de 42 anos.
P - “Valor da Vida” foi seu primeiro trabalho em terras portuguesas. Qual a principal diferença sentida em relação ao modo de produção brasileiro?

R - Cheguei de forma discreta. Afinal, não conhecia ninguém. Por sorte, a recepção foi incrível e em pouco tempo já me senti muito à vontade com a equipe. As novelas são a especialidade do Brasil, é uma indústria potente e gigante. Em Portugal, o ambiente é mais familiar, as equipes são menores. Isto não quer dizer que as tramas sejam menos profissionais. É só menos corporativista.
P - Já era um desejo seu ter uma experiência de trabalho fora do país?

R - Não. Fui para Lisboa, mas não exatamente para trabalhar. Tinha decidido passar uma temporada por lá. Mas então, colegas portugueses, como o Ricardo Pereira, começaram a me questionar se eu não gostaria de trabalhar em alguma produção do país. Existe um diálogo muito interessante entre as novelas do Brasil e de Portugal.
P - Você acredita que os anos dedicados à Globo chamaram a atenção das emissoras portuguesas?

R - Sem dúvida. Fiz grandes produções no Brasil. Só na Globo eu fiquei por 16 anos. Cheguei em Portugal sem contatos, sem agente, mas aos poucos as conexões foram surgindo muito pelo fato do meu rosto ser conhecido por lá por conta do sucesso das novelas brasileiras. Em pouquíssimo tempo, a TVI me chamou para fazer “Valor da Vida”. Li o roteiro, achei incrível e topei.
P - O que o encantou na história?
R - O conflito é muito interessante. Meu personagem, Vasco, carrega a culpa do acidente que deixou sua mulher em coma. Ele não tem coragem de desligar os aparelhos. Mas, acreditando que ela não vai acordar, acaba se apaixonando pela cunhada. A esposa acorda e esse triângulo amoroso é visto sob diferentes ângulos: ao mesmo tempo em que algumas pessoas acham que esse novo relacionamento é um absurdo, outros defendem a ideia de que é algo natural, que pode acontecer com qualquer um.
P - No momento, você grava “Quero é Viver”, sua terceira novela em Portugal. É uma maneira de reafirmar sua vontade de estar no país?

R - Sim. Me mudei em 2018, e ao longo desse tempo participei de duas produções da Record onde pude passar uma temporada no Brasil e matar as saudades da família e dos amigos. Quando as gravações acabaram, foi para Portugal que voltei e é onde a minha vida e meus objetivos estão agora.

“Valor da Vida” - Band - de segunda a sexta, às 22h.

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