Geraldo Bessa TV Press
Experiente quando o assunto é riso, Betty Gofman sabe quando está diante de uma boa comédia. É por isso que ela nem pensou muito para acertar sua participação em “Êta Mundo Melhor!”, da Globo.
O fato de ser dirigida por sua amiga de longa data, Amora Mautner, e ter a assinatura de Walcyr Carrasco instigou ainda mais a atriz a viver a intrometida Medéia, personagem disposta a tudo para atrapalhar a vida de Quinzinho e Cunegundes, papéis de Ary Fontoura e Elizabeth Savalla.
“Eu adoro as novelas do Walcyr. Gosto do tipo de humor que ele utiliza na faixa das seis, um tom mais inocente, simples e eficiente. Com a vida corrida que todo mundo leva, esse folhetim tem o poder de confortar o público”, elogia.
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Natural do Rio de Janeiro, Betty sempre sonhou em ser veterinária. Porém, começou a se interessar pelas Artes Cênicas ao acompanhar a rotina de trabalho de sua irmã mais velha, Rosane. Com forte formação teatral e criada no renomado Tablado, de Maria Clara Machado, Betty estreou na tevê no sucesso “Ti-Ti-Ti”, de 1985, e logo enveredou por tramas como “Que Rei Sou Eu?” e “O Dono do Mundo”.
“Rosane foi minha grande inspiração. Nossas carreiras foram acontecendo de forma paralela e a gente sempre torcendo muito uma pela outra”, destaca. Apesar de estarem em núcleos diferentes, Betty comemora o fato de Rosane também integrar o elenco de “Êta Mundo Melhor!” e não vê a hora de contracenar com a irmã na atual novela das seis. “A última novela que atuamos juntas foi ‘Caminho das Índias’, em 2009. Estou na expectativa por esse encontro”, ressalta.
P – Você entrou em “Êta Mundo Melhor!” para substituir a Grace Gianoukas, que teve de sair da produção por problemas de saúde. Como lidou com o pouco tempo de preparação para viver a Medéia?
R – Apesar da rapidez, o convite foi muito carinhoso e irresistível. Conheço a Amora (Mautner, diretora) desde sempre, é uma diretora muito cuidadosa. Além disso, estava muito interessada em trabalhar em alguma obra do Walcyr (Carrasco). Gosto do estilo de humor que ele utiliza na faixa das seis e vi na Medéia a comicidade perfeita para, além de trabalhar, me divertir em cena.
P – Esse feeling se comprova na prática?
R – Totalmente. É um primor de novela, onde o bom clima nos bastidores é muito nítido no vídeo. Está todo mundo muito feliz e integrado. Estou adorando como a personagem vem sendo desenvolvida, o potencial dela para criar confusão é enorme. Principalmente, na vida do irmão, o Quinzinho, interpretado pelo meu querido Ary Fontoura.
P – O núcleo de Quinzinho já existia em “Êta Mundo Bom!”, de 2016. Você chegou a ver algumas cenas para se ambientar?
R – Eu adorava a novela anterior. Fiquei muito feliz com o chamado e com a possibilidade de trabalhar com esse time de atores. A maioria das minhas cenas são compartilhadas com o Ary e a Elizabeth Savalla, pessoas que eu amo e admiro profundamente. Sem querer entregar minha idade – mas já entregando –, em cena, me sinto fazendo algo como “Os Três Patetas”. Humor simples, eficiente e inspirado.
P – A personagem teve de passar por alguma adaptação por conta da troca de atrizes?
R – Foi mais uma questão de encontrar o meu tom para o papel. A primeira coisa que comecei a trabalhar foi o sotaque do interior paulista, que é algo muito distante de mim. Fui atrás de amigos da região para me ajudar e também tive o auxílio incrível da Íris Gomes da Costa, que é a preparadora de prosódia da novela. Na sequência, por ser uma trama de época, figurino e caracterização foram importantes para entender a Medéia.
P – Sua irmã, Rosane Gofman, também integra o elenco da “Êta Mundo Melhor!”. Apesar de estarem em núcleos distantes, existe alguma chance de vocês contracenarem na trama?
R – Estamos nessa torcida. Mas os núcleos são tão diferentes que a gente nem grava nos mesmos dias. Porém, tem algo que aproxima nossas personagens: a Medéia ama ouvir as novelas de rádio, e a Olímpia, vivida pela Rosane, é uma famosa atriz de radionovela. Acho que existe um bom gancho aí para uma cena entre fã e ídolo (risos).
“Êta Mundo Melhor!” – Globo – de segunda a sábado, às 18h20.