Quinta-feira, 12 de Setembro de 2024

Caderno B Sábado, 21 de Março de 2020, 00:00 - A | A

21 de Março de 2020, 00h:00 - A | A

Caderno B /

VITRINE: Entre dois mundos



por Caroline Borges

TV Press

                Prêmio, vencedores, regras e “game” são palavras muito comuns no universo do e-sports. Por isso mesmo, à primeira vista, Nyvi Estephan parecia entrar em uma área já conhecida ao integrar a equipe da atual temporada do “Big Brother Brasil” como repórter. Com mais de 1,4 milhão de seguidores no Instagram e 328 mil inscritos em seu canal no YouTube, Nyvi é famosa dentro do cenário gamer e já apresentou diversos torneios de e-sports, de jogos como “Rainbow Six: Siege”, por exemplo. Ainda assim, a repórter, que atua há alguns anos dentro da área de e-sports do Grupo Globo, viu que o “game da vida real” pode carregar algumas diferenças importantes em relação ao universo virtual. “Aos poucos, vou criando intimidade com o programa. Isso porque venho de outro segmento e ainda me pego usando termos ‘nerds’ e precisando me corrigir. Mas é tranquilo e a equipe tem me ajudado muito e sido muito paciente. Fiquei encantada pela oportunidade de trabalhar com algo novo e, consequentemente, aprender e conhecer coisas novas. Está sendo uma experiência muito boa”, valoriza Nyvi, que comandou um quadro de e-sports no “Esporte Espetacular”, o “Start”, e esteve à frente da transmissão do “Rock In Rio”, no ano passado, pela Globo. “Assim como no caso do ‘Big Brother Brasil’, me senti lisonjeada por terem pensado em mim para mais projetos da casa. Por mais que tenha certeza de que não quero parar de atuar com esportes eletrônicos, sou uma ‘workaholic de carteirinha’ e adoro abraçar novos projetos e desafios”, completa.

                Ao lado de Ana Clara e Fernanda Keulla, Nyvi é responsável pelos “flashes” nas ruas do Rio de Janeiro, repercutindo os acontecimentos do confinamento. Além disso, ela também comanda os programas e as mesas redondas que vão ao ar no site Gshow, no Globoplay e nas redes sociais do “reality show”. Fã da competição apresentada por Tiago Leifert, Nyvi já chegou a se inscrever para participar do programa há alguns anos. “Já assistia ao programa antes de entrar. É praticamente impossível ficar alheio às coisas que acontecem dentro da casa, e mesmo na correria, sempre arrumava um tempinho para acompanhar e ficar por dentro das edições anteriores antes de tomar ‘spoilers’ pelas ruas. Acho que as primeiras edições foram as mais marcantes para mim, pois foi muito inovador e ninguém sabia como aquele jogo ia funcionar”, afirma.

                No ar desde o final de janeiro, a 20ª edição do “Big Brother Brasil” tem sido uma das mais comentadas dos últimos anos. Ao colocar pautas como o feminismo em destaque, o programa tem gerado diversas discussões nas redes sociais. Experimentando um alcance maior de público, Nyvi tem sido constantemente parada nas ruas para falar sobre o jogo. “As pessoas falam comigo o tempo todo. Elas me perguntam sempre minhas opiniões sobre coisas que estão acontecendo na casa e eu tento não esboçar parcialidade para não interferir no meu trabalho, mas obviamente tenho minhas torcidas e meus favoritos”, revela.

                Aos 28 anos, Nyvi teve seu primeiro contato com o universo dos games ainda criança, como jogadora. Porém, se afastou do mundo dos jogos para se graduar. Em 2013, após se formar em Design de Moda e atuar por alguns anos na área, ela foi convidada por um amigo para participar da organização de campeonatos amadores e oficias de e-sports. Tudo começou como um hobbie e, inicialmente, Nyvi seguiu atuando como estilista. Mas, ao longo do tempo, ela percebeu que a brincadeira foi ficando cada vez mais séria. “Tive de fazer uma escolha e me profissionalizar. Em 2016, bolei um programa-piloto para ver se o SporTV tinha interesse e ‘namoramos’ por um tempo. Como eu já era referência nesse cenário, quando o Grupo Globo começou a realizar diversas iniciativas em e-sports, me chamaram para integrar a equipe”, lembra Nyvi, que viu a tevê como uma forma de ajudar na profissionalização do esporte. “Sabia que o alcance e a credibilidade da televisão ajudariam como um todo nesse crescimento e, por consequência, cada vez mais atletas amparados. E a relação com as famílias desses atletas é importante: a televisão legitima para eles que o mercado é sério e que o jogador pode investir seu tempo nessa carreira”, aponta.

 

Big Brother Brasil” - Globo - de segunda a sábado, às 22h30, e domingo, às 23h15.

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